Eleições na Câmara e no Senado acirram crise no PT

Lideranças defendem candidatos da base de Temer para garantir Mesas Diretoras; opositores pontuam que ficar ao lado deles é apoiar 'candidato golpista'

© Reuters

Política Impasse 12/01/17 POR Notícias Ao Minuto

O PT vem vivendo uma crise interna desde o impeachment da ex-presidente Dilma Roussef, passando pela denúncia de alguns dos seus principais nomes na Operação Lava Jato e culminando na perda de diversas prefeituras representativas pelo país. Agora, é a vez das disputas pelo comando da Câmara dos Deputados e do Senado que abalam as estruturas da sigla.

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De acordo com a Folha de S. Paulo, após anuência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as principais lideranças defendem os candidatos da base do governo Temer, como Rodrigo Maia (DEM) ou Jovair Arantes (PTB) para a Câmara e Eunício Oliveira (PMDB) para o Senado.

O líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini, apoiou a candidatura de Jovair, na última terça-feira (11), gerando burburinhos no partido.

Para o deputado, não faz sentido o PT lançar um candidato e, assim, perder espaço em Mesas Diretoras relevantes. "Não adianta um candidato de oposição fazer um discurso bonito no dia de votação e acabar ali. Nossa prioridade é ver respeitada a regra que garante ao PT a segunda vaga na mesa. Quem é contra isso não entendeu a questão", diz Zarattini.

Os opositores à decisão pontuam que o candidato encabeçou o impeachment de Dilma. "É indigno e imoral o líder do PT botar o pé no ato desse candidato golpista", criticou o líder da sigla na Câmara.

Já no Senado, a briga é em relação ao apoio à candidatura de Eunício. O senador Lindbergh Farias diz que "é fazer aliança com golpista, que foi relator da PEC 55, que vai comandar o processo de desmonte da Constituição e de ataque ao direito dos trabalhadores".

"Em situação de normalidade democrática não haveria problema em fazer composição na Mesa Diretora", explica Lindbergh. Ele classifica as negociações como "divórcio com a militância" do partido.

Outra grande defensora da ex-presidente, a senadora Gleisi Hoffmann, demonstra preocupação com as pautas do governo que estão por vir. "Ainda teremos a reforma da Previdência e a trabalhista, um dos atentados a um dos direitos mais antigos dos trabalhadores", diz.

Petistas informam que esta é a primeira vez que o debate chega formalmente ao diretório do PT.

Leia também: 'Se necessário, serei candidato à Presidência', diz Lula

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