© Tânia Rêgo / ABr
Blocos tradicionais do carnaval do Rio de Janeiro estão passando por dificuldades para desfilar por consequência da crise financeira no estado.
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Os organizadores do bloco Cordão da Bola Preta, que completa seu 99º aniversário neste ano, afirmaram que estão passando por obstáculos financeiros. A dificuldade está em recolher os R$ 150 mil reais necessários para a estrutura do desfile, do qual participam mais de 1 milhão de foliões.
"A gente vem experimentando uma crise muito forte de julho pra cá por conta da queda significativa da frequência dos eventos promovidos na nossa sede. Os eventos promovidos na nossa sede têm a finalidade de manter a manutenção da sede, pagar as contas passadas do Cordão da Bola Preta e promover os desfiles de carnaval", declarou Pedro Ernesto, presidente do Cordão da Bola Preta ao G1.
Há 7 anos, a prefeitura do Rio não gasta verba pública diretamente com os blocos oficiais. Segundo o G1, é realizada uma licitação para que empresas fiquem responsáveis pela gestão do evento.
Enquanto a prefeitura organiza garis, agentes de trânsito e de fiscalização, as empresas devem seguir uma lista de exigências para a realização do Carnaval de Rua. Desde o início do projeto, em 2010, o patrocínio e a organização da festa é feita pela mesma fabricante de bebidas.
"Não existe nada que se reverta a favor dos blocos: não existe financiamento público, não existe interesse privado, porque existe uma só marca que patrocina o carnaval, então as outras marcas não querem entrar. Então, desta forma que está, com esta equação, os blocos estão sendo muito penalizados", explica a presidente da associação de blocos do Rio, Rita Fernandes.
Ainda de acordo com a reportagem, Marcelo Alves, presidente da Riotur, declarou que a prefeitura está ciente das dificuldades enfretadas pelos blocos e pretende trabalhar para atender as demandas do grupo.
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