Fé e bom humor podem auxiliar no tratamento médico

O Brasil tem uma Política Nacional de Humanização desde 2003, como política para o Sistema Único de Saúde (SUS) e também para a Medicina Complementar

© iStock

Lifestyle RECUPERAÇÃO 19/01/17 POR Notícias Ao Minuto

Na Medicina de Família e Comunidade é utilizado um instrumento, que vale para qualquer especialidade chamada de “Método Clínico Centrado na Pessoa”, que reforça trazer o paciente sob cuidado para o centro das ações. Nos Estados Unidos chega a 85% a porcentagem de escolas médicas que contemplam a espiritualidade em seus currículos. No Brasil são poucas, entre 4 e 5%, que tem como parte obrigatória nos currículos, mas o interesse vem crescente, conforme o crescimento de discussões nos Congressos de Medicina de Família e Comunidade.

PUB

“Temos que tratar, cuidar de pessoas que eventualmente tenham doenças e não isoladamente de doenças, com alguns princípios que tem raízes em uma dimensão espiritual: compreensão da unicidade de cada paciente; concentrar-se no momento presente; considerar o paciente como a si mesmo; tomar a iniciativa no amar, no cuidar; gerar um ‘ambiente terapêutico’, fruto do amor vivido por todos da equipe de saúde”, explica Paulo Fontão, médico de família e comunidade, membro da Sociedade Brasileira de Medicina e Família (SBMFC).

“Alguns médicos acreditam que devam ter essa ‘competência cultural’ – assim é chamado esse princípio de ações na Atenção Primária à Saúde, mas vale para todas as áreas, utilizando em benefício da pessoa também sua fé, sua rede de suporte de sua Igreja, comunidade de vivências, etc...Temos que fazer isso com uma enorme delicadeza, sem induzir, sem julgar, absolutamente sem tentar convencer ninguém e muito menos sem impor convicções, mas utilizando dessa competência para entender que significado tem para aquela pessoa a dor, o sofrimento, a morte, a doença, essa ou aquela outra terapêutica para que se estabeleça de fato um diálogo entre o cuidador e o cuidado e se estabeleça o que se pode chamar de Aliança Terapêutica, um projeto terapêutico com a participação ativa do paciente, o principal interessado”, explica Fontão.

Hoje, a maioria dos hospitais tem serviços de capelania e se busca fazer isso de forma ecumênica, multi-religiosa. Além disso a maioria dos bons serviços de saúde tem buscado implantar um programa interno de Humanização, que precede ou vai além de qualquer questão religiosa. O Brasil tem uma Política Nacional de Humanização desde 2003, como política para o Sistema Único de Saúde (SUS) e também para a Medicina Complementar. Em vários hospitais tem-se usado de práticas lúdicas, teatro, brincadeiras e espaços interativos.

Bom Humor no tratamento

Estar bem consigo mesmo e saber rir, aceitar, ter resiliência é fundamental para se ter mais saúde, mesmo no setor de cuidados paliativos e próximo da morte. Não dá para fazer de conta que a doença, a dor, sofrimento não existem e essa tomada de consciência e saber lidar com isso no outro é fundamental! Não é fácil lidar com o sofrimento e perdas. Trabalhar a questão da morte, desde o curso de medicina é essencial.

Fontão indica que médicos devem ajudar os pacientes a aceitarem a própria condição (tendo feito esse trabalho primeiro, interiormente) e assim serão portadores dessa “mensagem”, serão portadores de bom humor e sim, isso terá reflexos positivos no processo de cura.

Quem é o médico de família e comunidade?

A medicina de família e comunidade é uma especialidade médica, assim como a cardiologia, neurologia e ginecologia. O MFC é o especialista em cuidar das pessoas, da família e da comunidade no contexto da atenção primária à saúde. Ele acompanha as pessoas ao longo da vida, independentemente do gênero, idade ou possível doença, integrando ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde. Esse profissional atua próximo aos pacientes antes mesmo do surgimento de uma doença, realizando diagnósticos precoces e os poupando de intervenções excessivas ou desnecessárias.

É um clínico e comunicador habilidoso, pois utiliza abordagem centrada na pessoa e é capaz de resolver pelo menos 90% dos problemas de saúde, manejar sintomas inespecíficos e realizar ações preventivas. É um coordenador do cuidado, trabalha em equipe e em rede, advoga em prol da saúde dos seus pacientes e da comunidade. Atualmente há no Brasil mais de 3.200 médicos com título de especialista em medicina de família e comunidade.

Leia também: Tatuagens com avisos estão se tornando cada vez mais comuns

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Chicleteiros Há 23 Horas

Morre Missinho, primeiro vocalista da banda Chiclete com Banana

fama Emergência Médica Há 23 Horas

Tony Ramos passa por cirurgia de emergência após hemorragia intracerebral

justica Caraguatatuba Há 23 Horas

Adolescente de 16 anos desaparecida é achada morta; suspeito foi preso

fama Tony McFarr Há 21 Horas

Dublê de Chris Pratt em 'Guardiões da Galáxia' morre aos 47 anos

mundo Viral Há 14 Horas

Jovem é surpreendida em praia ao ver casa flutuando no mar

justica São Paulo Há 23 Horas

Homem é inocentado após passar 12 anos preso injustamente por estupro

economia Saque-Calamidade Há 22 Horas

Saque-Calamidade está disponível a trabalhadores de 59 cidades gaúchas

mundo EUA Há 21 Horas

Motorista perde controle de caminhão e fica pendurada em ponte; veja

fama JULIETTE-FREIRE Há 20 Horas

Juliette Freire expõe 'culpa grave' por fazer sexo com homens com quem não tinha intimidade

justica Pridão Há 16 Horas

Casal de influencers é preso por suspeita de movimentar R$ 20 milhões ilegalmente em jogo