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Pela primeira vez desde o início da rebelião que causou a morte de pelo menos 27 presos, a polícia militar passará a noite na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte. A retomada do presídio começou por volta das 18h desta quinta-feira (19), quando batalhão especial da PM começou a entrar no complexo prisional, o maior do estado, com o auxílio de um caminhão das forças especiais.O motim teve início há seis dias, no fim de semana.
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Cerca de duas horas antes da entrada da polícia, os detentos atearam fogo a parte do Pavilhão 3. As chamas causaram muita fumaça. O governador Robinson Faria (PSD) explicou a operação, garantindo que os militares farão um "paredão humano" até que seja construída uma parede física que separe as facções rivais do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Sindicato do Crime. "Esta briga é nacional, de venda de drogas, por território", falou o governador.
A Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) informou ao canal que cerca de seis presos morreram nesta manhã. A informação só será confirmada, no entanto, quando os militares efetivamente entrarem em Alcaçuz.
"O que está acontecendo em Natal é uma retaliação ao que está acontecendo no Brasil, uma vingança ao que aconteceu em Manaus. É hora do governo federal ser parceiro dos estados". A prioridade, segundo o G1, é evitar "uma nova matança".
Sem controle
Mais cedo, o governante disse que a "situação está fora de controle". Nesta manhã, após novas rebeliões e ataques criminosos no estado, a missão do governo é interditar a Penitenciária Estadual de Alcaçuz, onde morreram pelo menos 27 presos.
Segundo informações da Rádio CBN, Faria solicitou reforço imediato de homens das Forças Armadas ao ministro da Justiça, nesta quinta-feira (19), para conter novos confrontos na capital potiguar, já que a polícia estará em Alcaçuz para evitar que integrantes de facções se enfrentem novamente.
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