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A China anunciou uma campanha de 14 meses para eliminar servidores e combater o uso de VPN (Virtual Proxy Network), a única maneira de acessar aos milhares de 'sites' bloqueados pelas autoridades chinesas.
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O Grande Firewall da China permite censurar sites como o Facebook, YouTube e Google.
Nos últimos anos, foi aperfeiçoado, bloqueando seletivamente páginas com termos "sensíveis", em vez de uma censura integral.
Em novembro do ano passado, o poder legislativo chinês aprovou um projeto de lei que reforça os poderes do Governo para acessar a informação, obter registros de mensagens e bloquear a difusão de dados que considera ilegais.
Várias empresas e internautas recorrem, porém, ao uso de VPN para conseguir entrar na Internet sem que haja restrições.
Com a mudança, as empresas de telecomunicação ou servidores estarão proibidos de configurar ou alugar linhas especiais como VPN sem aprovação oficial, disse no domingo o ministério da Informação e Tecnologia.
A campanha de "limpeza" vai durar até março de 2018, segundo um comunicado difundido pelo ministério.
O anúncio surge dias após o Presidente chinês, Xi Jinping, ter defendido a globalização e denunciado o protecionismo, em um discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
O líder chinês insistiu no compromisso da China em se abrir ao mundo.
A oferta de serviços de acesso à Internet tem crescido rapidamente e "os primeiros sinais de desenvolvimento desordenado surgiram também, criando uma necessidade urgente de regulação", afirmou o comunicado.
As novas regras foram necessárias para "fortalecer a gestão da segurança da informação na Internet", lê-se na mesma nota. Com informações da Lusa.