Entenda os diferentes tratamentos para o Linfoma de Hodgkin

80% dos pacientes se estabilizam com a quimioterapia e o restante recai ou recidiva, ou seja, volta a ter a doença ou não responde ao tratamento sugerido

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Lifestyle Câncer 14/02/17 POR Notícias Ao Minuto

O Linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer raro que acomete 3 em cada 100 mil habitantes no Brasil. O que o diferencia dos outros tipos de linfoma é a presença de um tipo característico de célula chamada de REED-STERNBERG, um LINFÓCITO B que sofreu uma mutação, se transformando em uma célula cancerígena. O tratamento para essa doença pode ser feito de diversas maneiras, com a quimioterapia, radioterapia, transplante de medula óssea e o uso de novos agentes, como terapia-alvo.

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Todo processo é dividido em fases ou linhas, sendo que a primeira é a quimioterapia. A maioria dos pacientes responde a primeira linha de tratamento, em torno de 70 a 80%. Os outros 20 a 30% recidivam, ou seja, voltam a apresentar a doença.

Estes pacientes continuam com o tratamento, chamado de 2ª linha, no qual a quimioterapia é conhecida como de resgate ou salvamento. Nos casos em que os pacientes sejam elegíveis, é seguido do Transplante Autólogo de Medula, em que são utilizadas células-tronco da medula do próprio paciente.

Se mesmo assim o paciente não apresentar resposta ou voltar a ter a doença, há a 3ª linha de tratamento feita por meio de terapia-alvo. De acordo com a hematologista Dra. Paola Tôrres, o Linfoma de Hodgkin pode ser desenvolvido em muitas partes do corpo. “É mais frequente nos gânglios linfáticos, localizados no pescoço, na região axilar e no mediastino - região no tórax entre o coração e os pulmões onde ficam os linfonodos que drenam esses órgãos".

Os sintomas da doença são variados e se manifestam dependendo da localização no corpo. De maneira geral, existe o aumento do volume dos gânglios linfáticos, febre, perda de peso, cansaço, coceira e perda de apetite. “Quando o linfoma afeta o tórax, por exemplo, pode provocar tosse, dificuldade para respirar e dores no peito. Mas é preciso lembrar que os sintomas são muito similares a outras condições. Por isso, a avaliação do médico é fundamental”, orienta a Dra. Paola.

Após diagnosticado, as opções de tratamento dependerão de diversos fatores. Entre eles, o tipo de Doença de Hodgkin, extensão do câncer, estado clínico, idade do paciente e tipo e localização do Linfoma. “80% dos pacientes respondem à primeira opção de tratamento, que é feita com quimioterapia. Os 20% restantes recaem ou recidivam, ou seja, voltam a ter a doença ou não respondem ao tratamento sugerido”, explica a hematologista. Nesses casos, o especialista responsável determinará uma nova opção de tratamento, que pode ser feita à base de medicamentos.

Entenda como funciona cada tratamento mencionado:

Quimioterapia – São medicamentos que destroem as células tumorais. Normalmente, é utilizada por via venosa, administrada em ciclos e pode ser combinada com a radioterapia. A quimioterapia é feita com o uso de medicamentos simultâneos porque seus diferentes mecanismos de ação sobre a célula cancerígena potencializam a sua ação.

Radioterapia – São radiações que destroem ou inibem o crescimento das células cancerosas que formam um tumor. O linfonodo acometido é irradiado com doses fracionadas. Para o Linfoma de Hodgkin, esse tratamento é realizado muito cuidadosamente para que a radiação seja feita exatamente no local necessário.

Transplante de medula óssea – É considerado o reabastecimento de células saudáveis na medula óssea do paciente. Nos casos de Linfoma de Hodgkin, normalmente, essa opção é utilizada quando a doença permanece mesmo após a quimioterapia e/ou radioterapia com a combinação de medicamentos. O transplante pode ser feito pelas próprias células-tronco do paciente, considerado transplante Autólogo, ou por meio de um doador, chamado de transplante Alogênico.

Uso de Terapias Alvo – No Brasil, existe apenas um medicamento aprovado como terapia alvo para o tratamento de Linfoma de Hodgkin, cuja substância ativa se chama brentuximabe vedotina. A droga tem como alvo apenas as células cancerígenas, diferente do que acontece com a quimioterapia, que não tem a mesma seletividade e especificidade no seu mecanismo de ação.

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