Vale sobe 6% e faz Bolsa fechar no maior nível em quase 6 anos

O dólar encerrou o pregão praticamente estável, cotado a R$ 3,09

© Reuters

Economia Ibovespa 20/02/17 POR Folhapress

As ações da Vale dispararam mais de 6% nesta segunda-feira (20) e levaram a Bolsa brasileira a fechar no maior patamar em quase seis anos, em dia de vencimento de opções sobre ações e apesar de feriado nos Estados Unidos, o que tirou referência dos investidores. O dólar encerrou o pregão praticamente estável, cotado a R$ 3,09.

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O Ibovespa, principal índice do mercado acionário, fechou em alta de 1,16%, para 68.532 pontos, maior nível desde 8 de abril de 2011. O volume financeiro do pregão foi de R$ 11,3 bilhões, acima da média diária do ano, que é de R$ 7,7 bilhões. O volume foi impulsionado pelo exercício de opções sobre ações, que movimentou R$ 5,21 bilhões.

Sem a referência dos mercados americanos, coube aos investidores olhar para o noticiário doméstico. O principal destaque ficou com a Vale, que anunciou mudanças que a transformarão em uma companhia de controle difuso, sem acordo de acionistas e listada no Novo Mercado, segmento de regras de governança mais rígidas na Bolsa.

As ações da companhia, ao lado da Bradespar -acionista da mineradora-, lideraram as altas do Ibovespa. Os papéis ordinários da Vale fecharam em alta de 6,93%, para R$ 36,43. As ações preferenciais subiram 6,17%, para R$ 34,24. Os papéis da Bradespar tiveram valorização de 16,62%.

O acordo implicará na extinção das ações preferenciais, que serão trocadas por 0,93 ação ordinária. "As mudanças são positivas para a empresa, porque reduzem a ingerência política e tiram a sensação de que há um grupo de controle forte dentro de uma empresa privada", avalia Vitor Suzaki, analista da Lerosa Investimentos.

Para ser aprovada, a proposta precisa da adesão mínima de 54% dos donos de ações preferenciais. Ao final da operação, os acionistas da Valepar deverão deter participação acionária inferior a 50% do capital social.

"O acordo traz boas perspectivas quanto ao atual nível de precificação da companhia, que negocia com desconto frente a companhias similares, devido, em grande medida, aos riscos de interferência política ao qual a companhia está exposta no modelo atual de governança, os quais (prêmio de risco), com a inserção da nova proposta, seriam bastante dirimidos", avalia em relatório Samuel Torres, analista da Spinelli Corretora.

As ações da Petrobras aproveitaram a alta do petróleo no exterior e subiram cerca de 2%. Os papéis ordinários avançaram 2,15%, para R$ 17,08. As ações preferenciais da estatal subiram 1,99%, para R$ 15,92.

Fora do Ibovespa, os papéis da Gol fecharam em alta de 9,22%, no décimo dia seguido de valorização. No ano, as ações acumulam ganho de 109,7%. Na sexta-feira, a empresa anunciou que viu seu prejuízo cair para R$ 30,2 milhões no quarto trimestre do ano passado. No mesmo período de 2015, o resultado negativo era de R$ 1,13 bilhão.

No setor financeiro, as ações de bancos subiram —com exceção das units do Santander Brasil, que caíram 0,72%. As ações do Itaú Unibanco subiram 0,47%, os papéis preferenciais do Bradesco avançaram 0,40% e os ordinários, 0,38%. As ações do Banco do Brasil subiram 1,61%, no sétimo pregão de alta.

DÓLAR

Com liquidez menor por causa do feriado nos EUA, o dólar fechou praticamente estável, cotado a R$ 3,09.

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve queda de 0,12%, para R$ 3,090. O dólar comercial recuou 0,09%, também para R$ 3,090.

O Banco Central fez mais um leilão e vendeu a oferta total de até 6.000 contratos de swaps tradicionais -equivalentes à venda de dólares no mercado futuro- para rolar o volume que vence em março. A operação totalizou US$ 300 milhões. A expectativa é que o BC role apenas parcialmente os contratos com esse vencimento, faltando US$ 5,454 bilhões do total.

Sem referência externa, o dólar ficou sem uma direção definida no exterior. Das 31 principais divisas mundiais, a moeda americana fechou em queda ante 15.

"Não dá para mensurar para onde o dólar vai. O mercado fica a mercê de uma operação grande para definir uma tendência", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.

Em semana de definição da taxa básica de juros da economia e com a maioria dos economistas aguardando um corte de 0,75 ponto percentual, levando a Selic a 12,25% ao ano, os contratos de juros futuros fecharam em baixa.

O contrato com vencimento em abril de 2017 recuou de 12,200% para 12,169%. O DI com vencimento em janeiro de 2018 caiu de 10,565% para 10,530%. O contrato com vencimento em janeiro de 2021 encerrou estável em 10,270%.

O CDS (credit default swap) de cinco anos brasileiro, espécie de seguro contra calote e termômetro de risco, subiu 0,07%, para 231,389 pontos, na quinta alta seguida. Com informações da Folhapress.

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