Lava Jato: ministros mantêm investigação contra Sarney no STF

Senador deve responder na Corte pelas acusações do ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado

© Agência Senado

Política julgamento 21/02/17 POR Notícias ao Minuto

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (21) que o ex-senador José Sarney (PMDB-AP) deve responder na Corte pelas acusações do ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado, um dos delatores da Operação Lava Jato. Por 4 votos a 1, a decisão foi a primeira derrota do ministro Edson Fachin após assumir a relatoria dos processos da operação no lugar de Teori Zavascki, morto em um acidente de avião no mês passado.

PUB

A turma julgou um recurso protocolado pela defesa de Sarney contra decisão de Zavascki, que determinou o compartilhamento da investigação com a Justiça Federal de Curitiba, comandada pelo juiz federal Sérgio Moro.

Os advogados alegaram que ex-senador deve responder às acusações no Supremo. Para a defesa, os fatos estão relacionados a crimes que teriam sido cometidos por outros senadores, que também são investigados na Corte e têm foro privilegiado.

Durante o julgamento desta terça, Fachin ponderou que não houve autorização para investigar Sarney em Curitiba, apenas um compartilhamento de um dos depoimentos de Sérgio Machado. No entanto, por 4 votos a 1, a turma seguiu o voto divergente do ministro Dias Toffoli.

Para o ministro, os fatos envolvendo Sarney estão interligados com os supostos crimes cometidos pelos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR), que já são investigados na Corte. Dessa forma, segundo Toffoli, o ex-senador não pode ser investigado pelo juiz Sérgio Moro. Seguiram a divergência os ministros Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e Gilmar Mendes.

Há duas semanas, Fachin autorizou abertura de inquérito para investigar Renan Calheiros e Jucá, além de Sarney e Sérgio Machado. Os investigados são acusados de tentar barrar ou atrapalhar as investigações da Lava Jato.

Delação

Nos depoimentos de delação premiada, o ex-presidente da Transpetro disse que repassou propina para mais de 20 políticos de vários partidos. Segundo Machado, foram repassados ao PMDB “pouco mais de R$ 100 milhões”, que tiveram origem em propinas pagas pelas empresas que tinham contratos com a Transpetro.

De acordo com os termos do acordo de delação, divulgados hoje, Sérgio Machado vai devolver R$ 75 milhões aos cofres públicos. Desse total, R$ 10 milhões deverão ser pagos 30 dias após a homologação, que ocorreu no mês passado, e R$ 65 milhões parcelados em 18 meses. Por ter delatado supostos repasses de recursos da Transpetro para políticos, Machado vai cumprir pena em regime domiciliar diferenciado. Com informações da Agência Brasil.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

justica São Paulo Há 17 Horas

Adolescente de SP que matou pais e irmã e diz que "faria tudo de novo"

fama Jojo Todynho Há 17 Horas

Jojo Todynho impressiona internautas ao mostrar as novas curvas

fama Faustão Há 17 Horas

Faustão faz 1ª aparição no aniversário do filho, após transplante de rim

mundo EUA Há 18 Horas

Garota de programa com HIV é presa após atender centenas de homens

mundo Espanha Há 16 Horas

Pai das crianças mortas pelo avô na Espanha é internado e sedado

mundo Suíça Há 17 Horas

Noiva emerge de cubo de gelo e surpreende convidados; veja as fotos

fama A Grande Conquista 2 Há 18 Horas

Marlene Mattos responde acusações de Cátia Paganote, ex-Paquita da Xuxa

justica Kawara Há 18 Horas

Modelo e artista plástica; conheça Kawara presa por stalkear médico em MG

fama Nattan Há 18 Horas

Henrique e Juliano 'sequestram' cães de Nattan e causam alvoroço na web

esporte Ranking Há 16 Horas

Revista elege o Top 10: Melhores jogadores da história do futebol europeu