Professor capixaba vai à final de prêmio internacional de educação

Na lista de critérios para a escolha do finalistas estão resultados obtidos dentro e fora da sala de aula

© Reprodução / Facebook

Brasil Teacher Prize 23/02/17 POR Folhapress

Em seu primeiro ano como professor, em 2012, Wemerson Nogueira, 26, viveu um episódio que marcou sua carreira. Numa escola em Nova Venécia (ES), um aluno entrava e saía da sala durante toda a aula. Estava usando drogas dentro do próprio colégio.

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Wemerson o repreendeu e ouviu uma resposta inesperada. "Ele apontou o dedo para mim e disse que, se eu fizesse aquilo de novo, ele não se responsabilizaria pelos atos dele fora da escola."

Quatro anos depois, algumas coisas mudaram. O aluno passou entre as primeiras colocações em um curso superior no instituto federal do Estado, e Wemerson concorre agora a um prêmio internacional de professores, o Global Teacher Prize.

Se vencer, o filho de agricultores formado em ciências biológicas por ensino à distância pode ganhar um prêmio de US$ 1 milhão, dividido em parcelas ao longo de um período de dez anos.

Os dez finalistas foram anunciados na noite dessa terça-feira (21). A premiação é promovida pela Fundação Varkey, organização internacional que atua na educação, com apoio do vice-presidente dos Emirados Árabes.

Segundo a fundação, foram 20 mil indicações e inscrições de 179 países. Wemerson nem tinha certeza de que a sua seria levada em consideração -com pouco domínio da língua inglesa, fez a inscrição em português.

Na lista de critérios para a escolha do finalistas estão resultados obtidos dentro e fora da sala de aula.

Professor de química, o capixaba promoveu iniciativas voltadas à comunidade nos dois municípios em que atuou. Em Nova Venécia, fez diversos projetos para que os alunos pesquisassem sobre drogas e atuassem na prevenção na comunidade.

Aos alunos de Boa Esperança, também no norte do Espírito Santo, propôs uma atividade para amenizar os problemas de ribeirinhos da região do Rio Doce após o rompimento de uma barragem em Mariana (MG), em novembro de 2015.

Para limpar a água poluída do rio, os estudantes desenvolveram um filtro de areia que deixa a água apta a ser utilizada em atividades domésticas. Com parcerias, mais de 200 equipamentos foram distribuídos a comunidades, conta ele, que já ganhou um prêmio no Brasil no ano passado, também em decorrência da iniciativa.

Apesar dos bons resultados, porém, há ainda o que melhorar, diz o educador, tanto na infraestrutura de muitas escolas, que não têm sequer laboratórios, como no salário dos professores -hoje, a categoria ganha 39% menos do que outros profissionais com diploma de ensino superior. "Sem o professor, não existe médico, juiz, nenhuma profissão. Por que a essa diferença de salário?", questiona. Com informações da Folhapress.

Leia também: Brasil autoriza residência temporária de 2 anos para venezuelanos

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