Arrecadação administrada pela Receita Federal cai 0,75% em janeiro

Quando contabilizada a arrecadação de outros órgãos federais além da Receita, o valor soma R$ 137,3 bilhões

© Pixabay

Economia IMPOSTOS 22/02/17 POR Folhapress

A arrecadação administrada pela Receita Federal somou R$ 131,8 bilhões em janeiro. Descontada a inflação, o valor é 0,75% menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado, de acordo com dados divulgados pela Receita nesta quarta-feira (22).

PUB

Quando contabilizada a arrecadação de outros órgãos federais além da Receita, o valor soma R$ 137,3 bilhões. Nesse caso, há um aumento real (descontado o efeito da inflação) de 0,79% no período.

Essas outras receitas federais, que incluem as participações da União em reservas naturais, subiram de R$ 3,2 bilhões em janeiro de 2016 -quando a arrecadação com royalties principalmente de petróleo estava em baixa por causa do preço do produto e do real desvalorizado- para R$ 5,4 bilhões no mês passado, alta de 60,86%.

SETOR FINANCEIRO

No caso da arrecadação da Receita Federal, a queda só não foi maior em razão do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, que somaram receitas de R$ 37,3 bilhões no mês passado e tiveram um crescimento real de 3,56% na comparação com janeiro de 2016.

Somente o setor financeiro representou uma arrecadação R$ 1,8 bilhão maior neste ano do que no ano passado -um crescimento real de mais de 20% no período.

Se esse aumento não tivesse ocorrido, haveria queda na arrecadação das receitas federais.

O Imposto de Renda Retido na Fonte, que incide sobre os rendimentos do trabalho, totalizou R$ 12 bilhões, um aumento real de 6,25% na comparação com janeiro do ano passado. O Imposto de Renda da pessoa física totalizou R$ 2,5 bilhões, um aumento de 24,53%.

PRODUÇÃO INDUSTRIAL

Indicadores como a produção industrial e a venda de bens e serviços -fatores que impactam na arrecadação- apresentaram piora em janeiro na comparação com mesmo período do ano passado, destacou a Receita.

"O desemprego continua piorando, e isso se reflete sobre os tributos sobre a folha de pagamento e também sobre o consumo", observou Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita.

As receitas com PIS/Cofins, que tradicionalmente acompanham o comportamento do consumo, somaram R$ 25,8 bilhões, ou seja, uma queda de 5,7% na comparação com janeiro de 2016.

A arrecadação de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) também caiu para R$ 4,3 bilhões, queda real de 12,92% ante o primeiro mês do ano passado.

Já o imposto de importação somou R$ 3,7 bilhões, registrando uma redução de 12,92% na comparação com janeiro de 2016, segundo os dados da Receita.

"Tive aumento nas importações, mas devido à queda na taxa de câmbio, a base se contrai. Em reais tivemos uma queda grande", disse Malaquias.

ÚLTIMOS MESES

Em dezembro do ano passado, as receitas federais haviam somado R$ 127,6 bilhões, uma queda real de 1,19% na comparação com o último mês de 2015.

Em outubro e novembro, por causa da repatriação de recursos ilegais no exterior e da antecipação de participação de lucros e resultados, a arrecadação havia subido na comparação com os mesmos meses de 2015 depois de passar o ano todo com queda.

DEDUÇÕES CONGELADAS

A tabela do Imposto de Renda de 2017, referente ao ano base de 2016, não sofreu correção para repor a inflação. É por isso que as deduções do IR de educação e dependentes ficaram congeladas em R$ 3.561,50 e R$ 2.275,08, informou nesta quarta (22) a Receita Federal. A faixa de isenção de IR, de R$ 1.903,98, e o desconto da declaração simplificada, de R$ 16.754,34, também ficaram congelados por conta da não correção da tabela.

No caso da dedução das despesas com empregados domésticos, houve queda, porque uma mudança na legislação em 2015 reduziu a alíquota de contribuição previdenciária de 12% para 8%.

Com isso, o valor permitido para a dedução com domésticos se reduziu de R$ 1.182,20 em 2016 para R$ 1.093,77 neste ano.

Em dezembro do ano passado, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a tabela seria corrigida em janeiro -neste caso, a correção valeria para as declarações de IR de 2018, referente ao ano base de 2017.

Mas isso não foi anunciado até agora. Nesta quarta, o ministro declarou em São Paulo que o governo não tomou uma decisão sobre a correção.

A última correção da tabela foi feita em 2015 -ou seja, em 2016 os brasileiros, na prática, pagaram mais IR em relação ao ano retrasado. Com informações da Folhapress. 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama ANITTA-CANTORA Há 22 Horas

Após rejeição a música sobre candomblé, Anitta responde seguidores

esporte Luto Há 17 mins

Boxeador britânico de 29 anos morre no ringue durante primeira luta oficial

fama CAROL-NAKAMURA Há 23 Horas

Carol Nakamura rebate críticas por estar no Rio Grande do Sul

brasil CHUVA-RS Há 20 Horas

RS terá geada terça (14) e quarta (15) e a volta da chuva na sexta-feira (17)

fama LUISA-MELL Há 23 Horas

Luisa Mell quebra duas costelas em resgates no Rio Grande do Sul

mundo EUA Há 20 Horas

Avião da Delta pega fogo após aterrissar no aeroporto de destino

tech Apple Há 1 Hora

Tem iPhone? Atenção, há uma nova atualização para fazer

esporte FUTEBOL-CÁSSIO Há 20 Horas

Cássio pede para sair, e Corinthians oferece aumento salarial e 2 anos de contrato para tentar segurá-lo

esporte CBF 14/05/24

Ednaldo Rodrigues diz que CBF vai aceitar decisão de clubes sobre paralisação

fama Halle Berry Há 19 Horas

Namorado de Halle Berry compartilha fotografia da atriz sem roupa