Justiça arquiva ação de Dilma contra delator por falso testemunho

Para MPF, não houve intenção do delator ao citar um pagamento para a chapa Dilma-Temer como sendo propina

© Reuters

Política Dilma Rousseff 03/03/17 POR Estadao Conteudo

A Justiça Federal do Distrito Federal arquivou a representação da defesa da ex-presidente Dilma Rousseff contra o empresário Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez e delator da Lava Jato, por suposto falso testemunho em seu depoimento na Ação de Investigação Judicial Eleitoral movida pelo PSDB e que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições 2014.

PUB

A decisão do juiz Marcus Vinícius Reis Bastos acolhe manifestação do Ministério Público Federal do DF que apontou que não houve dolo (intenção) do delator ao citar um pagamento para a chapa Dilma-Temer como sendo propina, mas sim uma "interpretação superficial de dados do TSE apresentados, o que ensejou, por sua vez, uma resposta imediata, que embora equivocada, fora objeto de retratação", assinala o procurador da República Filipe Andrios Brasil Siviero.

Além do MPF-DF, o vice-procurador-geral Eleitoral Nicolao Dino encaminhou a representação para o procurador-geral da República Rodrigo Janot, responsável pelo acordo de delação com Otávio.

A representação dos advogados de Dilma tinha como base a mudança na versão de Otávio Azevedo, que afirmou em depoimento prestado em setembro de 2016 que o diretório nacional do PT recebeu uma doação de R$ 1 milhão que foi repassada para a campanha da chapa e que seria fruto de acerto de propina.

Posteriormente, foi constatado pelos advogados do PT que o referido pagamento de R$ 1 milhão da Andrade foi, na verdade, para o diretório do PMDB e, depois, encaminhado à chapa Dilma-Temer.

Diante da divergência, o ministro Herman Benjamin, relator do processo no TSE, decidiu ouvir o executivo novamente. Em novembro do ano passado, Otávio prestou depoimento ao TSE e afirmou que a contribuição de R$ 1 milhão feita ao diretório do PMDB foi voluntária, sem nenhuma origem irregular.

Na nova versão, o delator disse ainda que não houve, por parte da Andrade, nenhuma propina e nenhuma irregularidade na campanha presidencial de Dilma e Temer.

Diante da retratação do delator, a Procuradoria da República do DF entendeu que não era necessário continuar investigando o episódio.

A defesa do ex-presidente do Grupo Andrade Gutierrez Otávio Azevedo divulgou nota informando que "a Justiça Federal do Distrito Federal reconheceu que o executivo não mentiu no depoimento prestado sobre a chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral e considerou que não houve dolo (intenção de prejudicar) de Azevedo em seu depoimento".

"A defesa esclarece ainda que também estão incorretas declarações que afirmam que o ex-presidente da Andrade Gutierrez mencionou, em seus depoimentos, contribuições irregulares ao PSDB. O executivo nunca fez tais afirmações em suas declarações."

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo Insólito Há 12 Horas

Viúvo casa com sogra e cerimônia é organizada pelo sogro; entenda

mundo RÚSSIA-UCRÂNIA Há 10 Horas

Putin ameaça ataque nuclear contra o Ocidente na Ucrânia

mundo França Há 5 Horas

Jovem mata a avó com serra elétrica e tenta esconder corpo no galinheiro

mundo México Há 12 Horas

Três turistas são mortos e jogados em poço em viagem de surf no México

mundo Espanha Há 7 Horas

Jovem morre atropelado por metrô após descer à linha para urinar

politica Bolsonaro Há 11 Horas

Bolsonaro volta a ser internado em Manaus após infecção na perna e no braço

brasil Rio Grande do Sul Há 13 Horas

Quase 850 mil pessoas são afetadas por chuvas no Rio Grande do Sul

mundo EUA Há 5 Horas

Homem dispara contra padre durante missa e arma trava: "Milagre"

mundo EUA Há 14 Horas

Polícia surpreende homem que queria companhia para festejar aniversário

brasil CHUVA-RS Há 14 Horas

Temperaturas caem e RS terá onda de frio a partir de quarta-feira (8)