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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu aval nesta sexta-feira (24) à construção do oleoduto Keystone XL, um projeto controverso que havia sido barrado por seu antecessor, Barack Obama.
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"Vai ser um oleoduto incrível", anunciou Trump. "A melhor tecnologia conhecida por homens e mulheres, e, francamente, estamos muito orgulhosos disso".
O republicano deu autorização para que a empresa TransCanada realize as obras do oleoduto, estimadas em US$ 8 bilhões (R$ 25 bilhões).
O projeto prevê a construção de um oleoduto de mais de 2.700 quilômetros de extensão que carregará petróleo desde Alberta, no Canadá, até refinarias no Texas.
Segundo o presidente, o projeto reduzirá os custos energéticos e a dependência na importação de petróleo, além de criar milhares de empregos nos EUA, inaugurando uma "nova era na política energética" do país.
A TransCanada já anunciou que não cumprirá a exigência de Trump de usar preferencialmente canos de aço produzidos nos EUA no projeto. Segundo a empresa, grande parte do material adquirido tem origem canadense e mexicana.
O oleoduto ainda deve enfrentar problemas na Justiça por causa de disputas locais com indígenas e proprietários de terra que se opõem às obras em seus territórios.
Em 2015, Obama rejeitou a construção do oleoduto após pressões de grupos ambientalistas. Segundo a ONG Greenpeace, a liberação do projeto por Trump envia um sinal para o mundo de que os EUA estão "retrocedendo" nas políticas ambientais e energéticas. "O Keystone foi barrado uma vez antes e será barrado novamente", disse Annie Leonard, diretora da ONG nos EUA.
A retomada do Keystone sinaliza um giro da política ambiental sob Trump. A proposta de orçamento enviada pelo presidente ao Congresso reduz em 31% a verba destinada à Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês). Além disso, o escolhido do republicano para chefiar a EPA é Scott Pruitt, aliado de petrolíferas e crítico de longa data da agência. Com informações da Folhapress.