Brasil desenvolve combustível limpo para foguetes e satélites

À base de etanol, produto brasileiro tem custo mais baixo e oferece menos riscos de manuseio comparado aos equivalentes importados

© Inpe

Tech Inpe 28/03/17 POR Notícias Ao Minuto

O Brasil acaba de desenvolver um novo tipo de combustível para a propulsão de motores de foguetes usados no lançamento de satélites. A novidade conta com a autoria do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

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De acordo com o Portal Brasil, o composto utiliza uma combinação de etanol e etanolamina que reage com peróxido de hidrogênio, a popular água oxigenada, concentrado a 90%. A mistura desses elementos, catalisada por sais de cobre, entra em combustão espontaneamente, culminando na propulsão do estágio satélite.

Segundo o chefe do Laboratório Associado de Combustão e Propulsão (LCP), Ricardo Vieira, o propelente pode ser mais bem utilizado em motores de apogeu, usados na transferência de órbita de satélites, ou nos últimos estágios de veículos lançadores. Trata-se de uma reação hipergólica, que gera ignição espontaneamente apenas pelo contato dos componentes químicos, sem a presença de fontes externas para a ignição.

"Descobrimos que o etanol funciona muito bem nessa reação. Com ele, o atraso de ignição é bem menor, aumenta o desempenho do motor e reduz os custos do combustível. A decomposição do peróxido a 90% eleva muito a temperatura do sistema, o que facilita na ignição do motor", explicou Vieira. 

Custo x benefício 

O combustível brasileiro apresenta vantagens em relação aos propelentes comumente usados pela indústria espacial no mundo, como, a hidrazina e o tetróxido de nitrogênio.

Ambos são importados e têm alto valor de compra. Um quilo de cada uma dessas substâncias é cotado a R$ 1 mil, aproximadamente. Além disso, a hidrazina e seus derivados são cancerígenos, e o tetróxido de nitrogênio pode ser fatal após poucos minutos de exposição, mesmo a baixas concentrações no ar.

Já o combustível desenvolvido no LCP tem um custo médio de R$ 35, por quilo, e não oferece risco. Além disso, a concentração do peróxido de hidrogênio a 90% é feita no próprio laboratório.

"A eficiência é próxima a dos propelentes tradicionalmente utilizados em propulsão, a hidrazina e o tetróxido de nitrogênio. A vantagem que temos são o preço e a segurança no manuseio dos componentes, que não poluem o meio ambiente", ressaltou o pesquisador.

O Laboratório Associado de Combustão e Propulsão é o único laboratório no Brasil capaz de concentrar o peróxido de hidrogênio para aplicações aeroespaciais. 

 Leia também: 

O Brasil acaba de desenvolver um novo tipo de combustível para a propulsão de motores de foguetes usados no lançamento de satélites. A novidade conta com a autoria do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O composto utiliza uma combinação de etanol e etanolamina que reage com peróxido de hidrogênio, a popular água oxigenada, concentrado a 90%. A mistura desses elementos, catalisada por sais de cobre, entra em combustão espontaneamente, culminando na propulsão do estágio satélite.

Segundo o chefe do Laboratório Associado de Combustão e Propulsão (LCP), Ricardo Vieira, o propelente pode ser mais bem utilizado em motores de apogeu, usados na transferência de órbita de satélites, ou nos últimos estágios de veículos lançadores. Trata-se de uma reação hipergólica, que gera ignição espontaneamente apenas pelo contato dos componentes químicos, sem a presença de fontes externas para a ignição.

"Descobrimos que o etanol funciona muito bem nessa reação. Com ele, o atraso de ignição é bem menor, aumenta o desempenho do motor e reduz os custos do combustível. A decomposição do peróxido a 90% eleva muito a temperatura do sistema, o que facilita na ignição do motor", explicou Vieira. 

Custo x benefício 

O combustível brasileiro apresenta vantagens em relação aos propelentes comumente usados pela indústria espacial no mundo, como, a hidrazina e o tetróxido de nitrogênio.

Ambos são importados e têm alto valor de compra. Um quilo de cada uma dessas substâncias é cotado a R$ 1 mil, aproximadamente. Além disso, a hidrazina e seus derivados são cancerígenos, e o tetróxido de nitrogênio pode ser fatal após poucos minutos de exposição, mesmo a baixas concentrações no ar.

Já o combustível desenvolvido no LCP tem um custo médio de R$ 35, por quilo, e não oferece risco. Além disso, a concentração do peróxido de hidrogênio a 90% é feita no próprio laboratório.

"A eficiência é próxima a dos propelentes tradicionalmente utilizados em propulsão, a hidrazina e o tetróxido de nitrogênio. A vantagem que temos são o preço e a segurança no manuseio dos componentes, que não poluem o meio ambiente", ressaltou o pesquisador.

O Laboratório Associado de Combustão e Propulsão é o único laboratório no Brasil capaz de concentrar o peróxido de hidrogênio para aplicações aeroespaciais. 

 Leia também: Pesquisadores descobrem 150 pegadas de dinossauros na Austrália

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