Atos lembram um ano de mortes em queda da ciclovia Tim Maia

Engenheiro Eduardo Marinho, de 54 anos, e o gari Ronaldo da Silva, de 60, não resistiram aos ferimentos

© Reuters / Ricardo Moraes

Brasil Rio de Janeiro 21/04/17 POR Folhapress

Um ato com amigos e familiares homenageou o engenheiro Eduardo Marinho Albuquerque, 54 anos, um dos dois mortos após a queda de um trecho da Ciclovia Tim Maia, entre São Conrado e Leblon, na orla da zona sul do Rio de Janeiro, há exatamente um ano. A outra vítima foi o gari comunitário Ronaldo Severino da Silva, 60 anos. As informações são da Agência Brasil.

PUB

O médico Ricardo Sertan, 56 anos, amigo de infância de Eduardo, disse que o ato na Praia de Copacabana na manhã desta sexta (21) era para lembrar a vida do engenheiro que "se foi de uma maneira trágica e absurda". "Era uma pessoa alegre, do bem, que sempre tinha uma palavra de conforto. Não queríamos deixar essa data passar em branco".

"Eduardo morava em São Conrado e foi correr na ciclovia. Nós íamos nos encontrar em Ipanema depois. Era um dia de ressaca, mas nada absurdo, e ele se foi numa situação trágica em que uma onda bateu e derrubou a ciclovia. Todo mundo acredita que foi negligência, uma construção malfeita, mal elaborada, mal planejada", acrescentou.

Em julho, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público contra 14 pessoas pela queda de trecho da Ciclovia Tim Maia. Os acusados vão responder por homicídio culposo (sem intenção de matar).

O movimento Salvemos São Conrado também organizou um ato no início da ciclovia para lembrar os dois mortos. Segundo Marcelo Farias, 41 anos, morador da Rocinha e um dos organizadores do protesto, o objetivo é não deixar que as mortes e o acidente caiam no esquecimento. "As pessoas se acostumaram com a impunidade. Não pode cair no esquecimento", disse.

Para Farias, a ciclovia não deveria ter sido construída naquele local, já que as ondas batem com força no costão rochoso em algumas épocas do ano. "A gente luta para que as obras sejam fiscalizadas".

INTERDIÇÃO

No fim de março, a Justiça do Rio decidiu manter a interdição do trecho da Ciclovia Tim Maia que desabou durante uma ressaca no costão rochoso do bairro do Vidigal e matou as duas pessoas que passavam pelo local na hora. Mesmo interditada, pedestres e ciclistas se arriscam a passar pelo trecho interditado.

Na decisão, o juiz Marcello Alvarenga, titular da 9ª Vara de Fazenda Pública do Rio, determinou que o município promova os reparos e providências constantes no laudo elaborado após vistoria realizada pelo Crea-RJ (Conselho Regional de Arquitetura e Agronomia), que apontou a necessidade de realização de várias intervenções para garantir a segurança do equipamento.

Leia também: MPF pede R$ 2 milhões por morte de indígenas em rebelião

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Jojo Todynho Há 14 Horas

Jojo Todynho veste roupa que usava antes de perder 50kg. "Saco de batata"

mundo EUA Há 13 Horas

Criança morre após ser forçada a correr em esteira pelo pai

brasil Herança Há 16 Horas

Viúvo de Walewska cobra aluguel para que sogros morem em imóvel da filha

brasil Rio Grande do Sul Há 16 Horas

Governador do RS alerta para "maior desastre da história" do estado

fama Brian McCardie Há 15 Horas

Morre Brian McCardie, ator da série Outlander, aos 59 anos

brasil MORTE-SC Há 15 Horas

Adolescente de 14 anos morre após ser picado por cobra venenosa em SC

mundo Londres Há 14 Horas

Responsável por ataque com espada em Londres tem cidadania brasileira

fama Bastidores da TV Há 7 Horas

Bianca Rinaldi relata agressões de Marlene Mattos: "Humilhação"

fama Isabel Veloso Há 16 Horas

Marido de influencer com câncer terminal: 'Finjo que não vai acontecer'

esporte Arábia Saudita Há 15 Horas

Sem folga: Al Hilal treina após garantir vaga na final; veja as imagens