Aliados aguardam desdobramentos de crise para decidir debandada

Neste sábado, o PSB, que comanda o Ministério de Minas e Energia, pediu a renúncia de Temer e disse que, se isso não ocorrer, defende o impeachment do presidente

© Reuters

Política Repercussão 20/05/17 POR Folhapress

Aliados do presidente Michel Temer aguardam os desdobramentos da crise política na próxima semana para decidir se permanecem ou não na base de sustentação do governo.

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Parlamentares que dão sustentação ao Palácio do Planalto ouvidos pela reportagem disseram que o pronunciamento feito por Temer neste sábado (20) foi bom ao mostrar fragilidades nas acusações contra o peemedebista.

Para eles, Temer deu discurso para a base aliada contestar nos plenários da Câmara e do Senado a afirmação de que a Procuradoria-Geral da República vê indícios dos crimes de obstrução de Justiça, corrupção passiva e organização criminosa na conduta de Temer narrada em delação pelos irmãos Batista, da JBS.

No entanto, estes mesmos parlamentares dizem, sob reserva, que, se surgirem fatos novos contra o presidente na próxima semana, pode haver uma debandada da base aliada.

Neste sábado, o PSB, que comanda o Ministério de Minas e Energia, pediu a renúncia de Temer e disse que, se isso não ocorrer, defende o impeachment do presidente. A legenda -sétima maior da Câmara, com 35 deputados- não se manifestou sobre a possibilidade de entregar os cargos que seus integrantes ocupam no governo.

O PPS -16ª bancada da Câmara, com nove deputados- abriu mão do Ministério da Cultura, mas manteve-se no Ministério da Defesa e afirmou que continua na base do governo.

Também envolvido na crise atual, o PSDB -terceira bancada, com 47 deputados- está dividido, mas deve definir sobre o desembarque até terça-feira (23).

O Podemos -ex-PTN, 13ª bancada, com 13 deputados- anunciou ter deixando a base e assumido posição de "independência".

Segundo integrantes do governo, o Podemos continuará votando com o Planalto, mas quer o título de "independente" para receber os senadores Álvaro Dias (PV-PR) e Romário (PSB-RJ).

OPOSIÇÃO

Após o pronunciamento de Michel Temer nesta tarde, a oposição ao governo dele fez críticas.

"Ele tenta mudar os fatos, criar uma interpretação própria, faz uma mágica de dentar sair deste buraco em que ele se meteu jogando a culpa no Joesley [Batista, delator, dono da J&F, empresa que controla o frigorífico JBS] e no PT", afirmou o líder petista na Câmara, Carlos Zarattini (SP). Com informações da Folhapress.

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