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O PSDB deve esperar o resultado do julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) da chapa Dilma-Temer para decidir sobre eventual desembarque do governo.
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A Corte eleitoral marcou para o próximo dia 6 o julgamento de uma ação que pode resultar na cassação do presidente.
Por esse motivo, tucanos avaliam que uma saída neste momento seria prematura.
"Nós vamos ver também essa votação [julgamento] do TSE, que talvez seja mais relevante e definitiva", disse o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE).
Em reuniões nos últimos dias, tucanos avaliaram que numa eventual eleição para o Palácio do Planalto, a sigla poderia sair fragilizada se fizesse um rompimento brusco com o PMDB.
O partido de Temer detém as maiores bancadas nas duas casas no Congresso.
Nos bastidores, o PSDB avalia ainda que a situação atual do governo pode mudar a depender de como o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) vai responder às acusações feitas pelo grupo JBS.
Aliado e ex-assessor direto de Temer, Rocha Loures foi flagrado recebendo R$ 500 mil do grupo.
Em pronunciamento, Temer negou ter qualquer relação com o pagamento feito a seu aliado.
Contudo, se o deputado confirmar a versão apresentada nas delações, de que ele agiu em nome de Temer, a situação do governo pode se deteriorar mais.
REFORMAS
Nesta segunda-feira (22), o PSDB do Senado anunciou que seguirá com a agenda da reforma trabalhista na Casa.
O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), relator da proposta, deve apresentar na terça (23) seu parecer sobre a reforma na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Ferraço recuou de anúncio na semana passada, quando disse que o calendário das reformas era "secundário", diante da crise no país.
"Nós não devemos deixar o país degringolar em função da crise do governo", disse Tasso, sobre a manutenção do calendário.
Ferraço deve apontar em seu relatório a modificação de ao menos cinco pontos do texto aprovado na Câmara: revisão da jornada de 12h por 36h; jornada intermitente; 15 minutos de descanso para mulheres antes do início da hora extra; proibição de grávidas e lactantes trabalharem em locais insalubres e comissões de trabalhadores em fábricas. Com informações da Folhapress.