Marginais em São Paulo têm novo aumento de acidentes

Segundo o batalhão de trânsito da PM, houve crescimento de 29,5% nas ocorrências em abril, em comparação com o mesmo mês do ano passado

© Divulgação

Brasil TRÂNSITO 23/05/17 POR Folhapress

O número de acidentes com vítimas nas marginais Tietê e Pinheiros aumentou pelo terceiro mês consecutivo desde a elevação dos limites de velocidade nas vias pela gestão de João Doria (PSDB) na Prefeitura de São Paulo.

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De acordo com dados divulgados pelo batalhão de trânsito da PM, houve crescimento de 29,5% nos acidentes em abril, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram 136 ocorrências registradas contra 105 no período anterior.

Entre fevereiro e abril, três meses após as mudanças, o aumento foi ainda maior. No intervalo, o número de batidas com vítimas atingiu 43% em comparação com mesmo período em 2016.

O índice de mortes no trânsito nas marginais acompanhou a tendência de alta nos quatro primeiros meses do ano. Foram 10 acidentes fatais no total, sendo que 9 envolveram motociclistas e 1 atropelamento. Entre janeiro e abril de 2016, foram registradas seis mortes nas duas vias.

A mesma tendência de alta foi registrada nas ocorrências com vítimas envolvendo motocicletas. Em abril deste ano, foram computados 44,3% mais acidentes do que o mesmo mês no ano anterior. Foram 114 acidentes contra 79, segundo dados da PM.

No acumulado dos três meses após a mudança nas velocidades, 54,3% mais motociclistas se acidentaram nas marginais Tietê e Pinheiros do que em igual período de 2016.

Os motociclistas representam 80% dos atendimentos de acidentes com vítimas realizados pela PM.

De acordo com dados do batalhão de policiamento responsável pelas marginais, o trecho com maior número de acidentes sobre duas rodas fica na Pinheiros entre as pontes Jaguaré e Cidade Universitária, nos dois sentidos. Nesse trecho foram registradas 49 ocorrências, ou 12% das batidas envolvendo motos.

MUDANÇAS

Desde 25 de janeiro, os motoristas passaram a trafegar a até 90 km/h nas pistas expressas das marginais. A alteração foi uma promessa de campanha do tucano que também aumentou para 60 km/h a máxima na local e 70 km/h na central.Os novos limites de velocidade alteraram medida da gestão Fernando Haddad (PT) que havia reduzido as máximas em julho de 2015.

Entre os motivos apontados por especialistas para as altas nos acidentes está o aumento das velocidades. "Velocidade maior é compatível no limite da segurança. Não pode aumentar a mobilidade ao custo de vidas. É uma equação inaceitável", diz Sérgio Ejzenberg, engenheiro e mestre em transportes pela USP.

Além disso, outro dado que chama atenção é que 57% das ocorrências registradas entre janeiro e março foram colisões traseiras, segundo a PM.

"Na marginal, a quantidade de faixas é variável, gerando reduções de velocidades, em uma via com limite rodoviário [de 90 km/h]", afirma Ejzenberg, para quem as paradas repentinas podem causar essas batidas.

Apesar de ter anunciado uma série de melhorias nas vias junto do aumento das velocidades, a gestão Doria ainda não retirou ambulantes que atuam nas vias em meio aos carros e nem os moradores de favelas que se formaram rente à pista.

A prefeitura diz ter cumprido todas as principais promessas para a melhoria nas marginais antes da mudança nos limites de velocidade.

LENTIDÃO

As mudanças também acarretaram em aumento do trânsito nas marginais.

De acordo com dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), entre janeiro e março deste ano, houve aumento de 75% de lentidão na marginal Tietê no período da manhã e 14% à tarde. Na Pinheiros, o aumento foi de 4% na manhã e 0,5% no período vespertino.

Para Ejzenberg, o aumento nos índices de lentidão apontam para crescimento no volume de veículos nas vias como impacto da melhora da atividade econômica no país. "Como a economia está dando sinais de recuperação, é natural que haja aumento de fluxo", afirma.

OUTRO LADO

A gestão Doria afirma que não teve acesso ao estudo e, por isso, não comenta os dados apresentados. A CET diz que a PM usa uma metodologia diferente e leva em consideração acidentes nas alças de acesso e nas pontes, locais onde não houve readequação de velocidade.

"Até agora, nenhum dos acidentes fatais ocorridos este ano, por exemplo, sugere a velocidade como causa", afirmou o órgão. Com informações da Folhapress.

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