Corpos de vítimas de chacina no Pará passam por perícia

Mortes ocorreram durante ação policial para cumprir 16 mandados judiciais

© Lunae Parracho/Reuters

Brasil análise 25/05/17 POR Agência Brasil

Os corpos das dez pessoas assassinadas na manhã de nesta quarta-feira (24) durante uma ação policial na cidade de Pau D´Arco, no sudeste do Pará, foram trasladados para Marabá (PA) e Parauapebas (PA), onde estão sendo submetidos a exames necroscópicos desde as primeiras horas da manhã de desta quinta-feira (25).

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Os corpos de cinco das vítimas foram levados para o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, em Marabá. Outros cinco estão no Núcleo Avançado de Perícias, de Parauapebas. Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social, as mortes ocorreram durante ação policial para cumprir 16 mandados judiciais expedidos pela Vara Agrária de Redenção (PA) contra posseiros suspeitos de participar do homicídio de um vigilante da fazenda.

Ainda de acordo com a secretaria, os policiais militares e civis que participavam da operação foram recebidos a tiros ao chegar à fazenda ocupada pelo grupo. Nenhum policial foi ferido. Entre os posseiros mortos, há nove homens e uma mulher. A secretaria afirma que os policiais apreenderam onze armas de grosso calibre com os posseiros, incluindo um fuzil 762 e uma pistola.

Mais cedo, duas promotoras de Justiça do Ministério Público do Pará tiveram dificuldades para ingressar tanto no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, em Marabá, como no Núcleo Avançado de Perícias de Parauapebas, distantes cerca de 180 quilômetros. Segundo o MP, o “embaraço” foi criado por médicos legistas, “por desconhecimento das atribuições legais do MP”.

As promotoras pretendiam acompanhar parte do trabalho de perícia para, assim, minimizar as chances de futuros questionamentos a qualquer que seja o resultado da necrópsia.

O acesso das promotoras foi liberado após o procurador-geral de Justiça, Gilberto Martins, telefonar para o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Jeannot Jansen da Silva Filho. Mesmo assim, as promotoras não puderam fotografar os corpos ou fazer qualquer registro documental do trabalho dos peritos.

Procurada, a secretaria de Segurança Pública informou que, depois de liberadas, as promotoras puderam acompanhar livremente a perícia. De acordo com a pasta, o impedimento inicial foi fruto de um “pedido de reserva para os trabalhos de necropsia”, feito pelos médicos legistas de Marabá e Parauapebas.

Promotores do MP estadual já começaram a colher o depoimento de pessoas que presenciaram a ação policial. Além disso, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, do Ministério Público Federal, também articula as ações necessárias para acompanhar as investigações.

A procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, chegou à região do conflito nas primeiras horas da manhã, acompanhada pelo presidente do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), Darci Frigo.

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