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O senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) foi um dos responsáveis por articular a entrada de Zezé Perrella (PMDB-MG) para o Senado. Segundo a Folha de S. Paulo, Aécio articulou para que o ex-presidente do Cruzeiro Esporte Clube se tornasse suplente do senador Itamar Franco, morto em 2011.
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Perrella se tornou senador e, em meio deste ano, saiu do PDT e se filiou ao PMDB, também sob influência de Aécio para que passasse a fazer parte da base de Michel Temer.
No entanto, membros do PMDB mineiro questionam a filiação. "Em todo o tempo de atuação política, o Zezé nunca esteve próximo ao PMDB", diz Sávio Souza Cruz, secretário-geral da sigla e titular da Saúde do governo Fernando Pimentel (PT).
Perrella foi citado por delatores da JBS e é suspeito de ter recebido R$ 2 milhões, a pedido de Aécio. O senador peemedebista nega relações com pessoas da JBS e disse que o sigilo bancário de suas empresas e dos seus filhos está à disposição da Justiça.
'HELICOCA'
O nome de Perrella já é conhecido. Em 2013, ele esteve envolvido em um escândalo, quando a Polícia Federal flagrou o transporte de 445 kg de pasta-base de cocaína em helicóptero pertencente à Limeira Agropecuária, empresa do ex-deputado Gustavo Perrella, filho do senador.
A participação dos Perrella foi descartada pela PF e o piloto da aeronave se tornou réu por tráfico de drogas e associação para o tráfico. O piloto também tinha um cargo de confiança na Assembleia Legislativa de Minas por indicação de Gustavo.
Em uma conversa de Perrella com Aécio, gravada pela PF em abril deste ano, Perrella afirmou: "Eu não faço nada de errado, eu só trafico drogas".
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