Meta de inflação deve cair para 4,25% em 2019

Novas estimativas dão força para o mercado apostar que essa será a decisão do CMN na reunião de quinta-feira

© Reuters

Economia Projeção 24/06/17 POR Estadao Conteudo

Após 15 anos de balizamento da inflação no nível de 4,5%, a meta inflacionária central de 2019 deve ser ligeiramente menor, de 4,25%, segundo 29 das 31 expectativas coletadas na pesquisa do Projeções Broadcast. O levantamento tem uma previsão de permanência em 4,5% e uma de declínio para 4%.

PUB

As estimativas dão força para o mercado apostar que essa será a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) na reunião de quinta-feira. Os economistas consultados também argumentam que a queda para 4% poderia ser arriscada neste momento em que as incertezas políticas enevoam o cenário.

Em outro levantamento, realizado no inicio de março, de 25 instituições, 17 viam o possível novo alvo entre 4% e 4,25%. Desse total, oito afirmavam não acreditar em mudança de meta.

A estimativa mediana para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2019 também ficou em 4,25%, a partir do intervalo de 4% a 4,5%. Já as previsões para 2018 variam de 3,9% a 4,5%, com mediana de 4,3%.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reconheceu ontem que a redução da meta de inflação para 2019 é uma possibilidade importante, mas ponderou não haver pré-decisão. "Temos boas condições para analisar qual será a meta para 2019", disse, ao citar a queda da inflação corrente e das expectativas.

Para alguns analistas, se a meta ficar inalterada, pode ocorrer uma desancoragem das expectativas. "A manutenção da meta em 4,5% poderia ser mal recebida pelos mercados, então vale a pena acompanhar a decisão com atenção", avaliou a Rosenberg Associados, em relatório.

O economista-chefe da Garde Asset, Daniel Weeks, afirma que essa manutenção poderia elevar as expectativas para 2019. "A redução da meta é uma decisão ‘barata’ para o Banco Central e daria boa sinalização ao mercado", disse, ressaltando que a mudança não prejudicaria o atual ciclo de corte de juro.

Weeks acredita que o CMN optará por uma meta de 4,25%, mas a escolha pelo patamar de 4% sinalizaria que o governo continuaria no esforço de aprovação das reformas. Essa é a aposta do economista-chefe do Rabobank Brasil, Mauricio Oreng. "Acho que deveria ir para 4%, mas pode ser que fique em 4,25%". Essa é a razão que leva o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, a descartar a opção da redução mais intensa de 4%. "Só veria possível se não houvesse a crise política e se a reforma da Previdência tivesse sido aprovada". Com informações do Estadão Conteúdo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama A Grande Conquista 2 Há 15 Horas

Ex-Polegar pega faca durante discussão e é expulso de reality

politica Arthur Lira Há 16 Horas

Felipe Neto é autuado por injúria em inquérito aberto a pedido de Arthur Lira

mundo Posição de Lótus Há 17 Horas

O misterioso caso da múmia escondida em estátua de Buda

lifestyle Signos Há 18 Horas

Quatro signos que nasceram para serem famosos

fama GISELE-BÜNDCHEN Há 17 Horas

Gisele Bündchen recebe apoio de prefeito após chorar durante abordagem policial nos EUA

brasil Santa Catarina Há 17 Horas

Homem morre após ser atacado por quatro pitbulls em quintal de casa em SC

fama Iraque Há 15 Horas

Influencer iraquiana é morta a tiros em Bagdá

fama SAMARA-FELIPPO Há 12 Horas

Filha de Samara Felippo é alvo de racismo em escola, diz site

brasil MORTE-SP Há 11 Horas

Morte de jovem após deixar sauna gay causa pânico; relembre histórico

economia REINHART-KOSELLECK Há 15 Horas

Quem é o historiador lido por Haddad após bronca de Lula