'Força-Tarefa da PF na Lava Jato deixou de existir', diz procurador

Membro da Força-Tarefa do MPF desabafou nas redes sociais

© REUTERS/Rodolfo Buhrer

Política desabafo 06/07/17 POR Notícias Ao Minuto

O procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, membro da Força-Tarefa do Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba, postou em uma rede social que “a força-tarefa da Polícia Federal na operação Lava Jato deixou de existir”.

PUB

Crítico das mais recentes notícias envolvendo o governo do presidente Michel Temer (PMDB), Lima comentou a falta de recursos para a impressão de passaportes e a diminuição no número de delegados federais para cuidar de mais de 100 inquéritos da Lava Jato.

“A Polícia Federal não tem mais dinheiro para passaporte. A Força-tarefa da Polícia Federal na operação Lava Jato deixou de existir. Não há verbas para trazer delegados. Mas para salvar o seu mandato, Temer libera verbas à vontade”, escreveu o procurador, em referência aos mais de R$ 1,4 bilhão já liberados pelo governo federal para deputados e senadores apenas em 2017.

A diminuição de nove para seis delegados federais em Curitiba, onde corre boa parte dos processos de primeira instância da Lava Jato, foi determinada pela direção-geral da PF no fim de maio. Além disso, ocorreram cortes de verbas destinadas à operação. À época, os investigadores alertaram que tais decisões dificultariam o andamento da operação.

+ Temer é excluído de programa da cúpula do G20

“O acordão que está sendo montado certamente envolve que os deputados não autorizem o processo crime contra Temer e depois o governo apoie uma anistia desses mesmos deputados. É preciso vigiar”, avaliou.

Em outras postagens na mesma rede social, o procurador direciona muitas críticas ao políticos brasileiros, conclamando a sociedade a se manter vigilante e agir, sob pena da Lava Jato não conseguir trazer mudanças – algo que ocorreu na Itália na década de 1990, após a Operação Mãos Limpas.

“Políticos querendo dificultar as investigações. Se não formos vigilantes acontecerá no Brasil o mesmo que aconteceu na Itália, onde hoje é mais difícil investigar e punir um corrupto do que era antes da operação Mãos Limpas. Ninguém pode substituir a população na luta por um país melhor”, comentou Lima.

Outro procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, também vem criticando algumas decisões em favor de políticos investigados pela operação. Na semana passada, ele avaliou que a volta de Aécio Neves (PSDB-MG) ao Senado poderia barrar as apurações, dizendo ainda que não faltariam motivos para o tucano estar inclusive preso.

Lima é um dos que defendem abertamente a aceitação da denúncia contra Temer por parte da Câmara dos Deputados, o que permitiria que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgasse o presidente, que por sua vez seria afastado do cargo. (Sputnik News Brasil)

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo Insólito Há 18 Horas

Viúvo casa com sogra e cerimônia é organizada pelo sogro; entenda

mundo RÚSSIA-UCRÂNIA Há 16 Horas

Putin ameaça ataque nuclear contra o Ocidente na Ucrânia

mundo França Há 12 Horas

Jovem mata a avó com serra elétrica e tenta esconder corpo no galinheiro

mundo Espanha Há 13 Horas

Jovem morre atropelado por metrô após descer à linha para urinar

mundo México Há 19 Horas

Três turistas são mortos e jogados em poço em viagem de surf no México

mundo EUA Há 11 Horas

Homem dispara contra padre durante missa e arma trava: "Milagre"

fama GABRIELA-DUARTE Há 15 Horas

Gabriela Duarte critica Globo por deixar Regina de fora de documentário: 'Desprezo'

brasil Rio Grande do Sul Há 19 Horas

Quase 850 mil pessoas são afetadas por chuvas no Rio Grande do Sul

politica Bolsonaro Há 18 Horas

Bolsonaro volta a ser internado em Manaus após infecção na perna e no braço

mundo EUA Há 20 Horas

Polícia surpreende homem que queria companhia para festejar aniversário