Advogados de Lula entram com primeiro recurso contra sentença de Moro

Embargo de declaração, apresentado nessa sexta-feira (14), é usado para solicitar ao juiz revisão de algum ponto da condenação

© Paulo Whitaker / Reuters

Política Desdobramento 15/07/17 POR Folhapress

Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolaram, na noite desta sexta-feira (14), o primeiro recurso contra a sentença que o condenou na Operação Lava Jato.

PUB

Os embargos de declaração pretendem esclarecer "contradições, omissões e obscuridades na sentença", segundo os defensores Cristiano Zanin Martins, Roberto Teixeira, José Roberto Batochio e Valeska Teixeira Martins.

Com o recurso, o prazo para apelar ao Tribunal Regional Federal -que analisa o caso em segunda instância e cuja decisão pode levar à inelegibilidade de Lula fica suspenso. O juiz Sergio Moro não tem prazo para decidir sobre os embargos.

A defesa do petista reclama da "ausência de imparcialidade de Moro" e questiona a desqualificação de testemunhas que corroboram a tese defensiva, assim como acusam o juiz de "desrespeito" ao ex-presidente.

"Denota-se uma análise completamente subvertida sobre os elementos de prova, evidentemente seletivo em favor da tese acusatória", escrevem.

DELATORES

"Qual o critério para se dar total credibilidade a um coacusado buscando redução de pena [o executivo Leo Pinheiro, da OAS] e se descartar a veracidade de um ex-presidente da Petrobras [Sergio Gabrielli, que depôs como testemunha de defesa]?", questionam os advogados.

Segundo os defensores, Moro cita por 18 vezes o depoimento de Pinheiro, que atribuiu os investimentos feitos pela OAS no tríplex do Guarujá (SP) a um acerto de corrupção.Para eles, isso é "desproporcional", levando em consideração a credibilidade do empresário, que negocia um acordo de delação premiada.

Os advogados afirmam que a sentença "desprezou" os depoimentos favoráveis a Lula. Voltam a destacar que o petista jamais teve a propriedade do tríplex, pelo qual foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.

Eles afirmam que a denúncia criou um "caixa imaginário de propinas", e que esse caixa não poderia ter pago por um apartamento que acabou financiado de forma legítima. Para a defesa, o juiz se "omitiu" ao ignorar provas da defesa de que o apartamento ainda está em nome da OAS.

A defesa ainda questiona o uso de reportagens jornalísticas para fundamentar a sentença, e dizem que não é possível atribuir a elas valor probatório, pois não são consideradas indícios da prática de um crime.

Os embargos serão avaliados pelo próprio Moro, sem prazo determinado. Outras defesas, bem como o Ministério Público Federal, ainda podem propor o mesmo recurso. As informações são da Folhapress.

+ Em busca de apoio, governo libera R$ 1 bilhão a deputados e senadores

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo EUA Há 12 Horas

Mulher vence loteria de 1 milhão pela segunda vez em 10 semanas

mundo EUA Há 13 Horas

Criança morre após ser forçada a correr em esteira pelo pai

brasil Brasil Há 10 Horas

Pastor assume que beijou filha na boca: "Que mulherão! Ai, se eu te pego"

tech Espaço Há 12 Horas

Missão europeia revela imagens mais detalhadas da superfície do Sol

fama Bastidores da TV Há 10 Horas

Bianca Rinaldi relata agressões de Marlene Mattos: "Humilhação"

fama MADONNA-RIO Há 12 Horas

Madonna passa som em Copacabana com Pabllo Vittar; veja as fotos

tech WhatsApp Há 11 Horas

WhatsApp deixa de funcionar em 35 celulares antigos; veja a lista

brasil CHUVA-RS Há 13 Horas

Temporais no RS matam 31, inundam cidades e isolam moradores sem resgate

fama Brad Pitt Há 9 Horas

Brad Pitt faz passeio romântico com a namorada Ines de Ramon

brasil CHUVA-RS Há 10 Horas

Temporais devem continuar a atingir o RS e vão chegar a SC até o fim de semana