Padilha afirma que paciência com PSDB 'é ilimitada'

Apesar da declaração, ministro da Casa Civil também disse que é "perfeitamente possível" governar sem os tucanos

© Reuters / Ueslei Marcelino

Política Avaliação 31/07/17 POR Notícias Ao Minuto

Com a aproximação da votação da denúncia contra Michel Temer, que ocorre na próxima quarta-feira (2), no plenário da Câmara, crescem as especulações sobre os parlamentares que vão declarar apoio, ou não, ao presidente.

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As atenções estão voltadas principalmente para o PSDB, que é parte da base governista mas, desde que Temer foi delatado pela JBS e acabou denunciado por corrupção passiva pela Procuradoria-Geral da República (PGR), tem se mostrado dividido.

Uma parte defende o desembarque do governo e diz que votará contra o presidente. A Presidência do partido, inclusive, chegou a deixar clara a sua posição ao liberar os parlamentares para votar como bem entenderem.

Em meio a este cenário, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, concedeu entrevista e afirmou que, apesar de o Palácio do Planalto desejar a permanência do PSDB na base aliada, é "perfeitamente possível" governar sem os tucanos.

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Ele destacou, no entanto, que a paciência com os tucanos "é ilimitada". "Nós temos de ter paciência para compreender nossos aliados e as suas circunstâncias, fazendo com que eles consigam cada vez mais aprimorar o apoio ao governo".

Apesar da declaração, o ministro voltou a falar em afastar os deputados contrários ao governo. "Quem não quer ser aliado vota contra. Aí, o governo, ao exonerar, não faz mais do que corresponder a esse desejo de não pertencer à administração".

Sobre a votação, ele diz que a responsabilidade quanto ao quórum necessário é da oposição. "A estratégia é que a base de sustentação esteja preparada para votar. Se a oposição, que tem que fazer com que tenha 342 votos para poder pensar em votar, fizer um esforço para isso, poderemos ter o quorum. À oposição é que interessa, neste momento, reverter o resultado da Comissão de Constituição e Justiça, e não ao governo".

Ele preferiu não dar palpites sobre o número de votos. "Qualquer número é prematuro. Por enquanto não falo em número".

Questionado pela Folha de S. Paulo a respeito do interesse do governo em votar a denúncia, ele lembra que a denúncia foi rejeitada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

"O governo derrubou na CCJ. O que hoje está em vigor é a rejeição da denúncia. Se hoje se cristalizar até 31 de dezembro de 2018, estará rejeitada a denúncia. Se a oposição nunca der quorum, hipótese que acho remota, vai fazer com que o governo tenha que fazer um esforço hercúleo para, sozinho, poder decidir sobre esta matéria".

Ele também defendeu a tática usada pelo governo, de trocar mebros da CCJ e liberar emendas aos parlamentares, para conseguir rejeitar a denúncia no colegiado.

"A troca de membros é absolutamente normal, rotineira e disciplinada pelo regimento interno da Casa. E as emendas, que são impositivas, têm de ser pagas. Tanto é que alguns dos maiores beneficiários são exatamente parlamentares da oposição. Quando se credita o valor das emendas para deputados do PT, PSOL e PC do B não se está comprando votos. Da mesma forma quando se credita o valor das emendas aos demais partidos".

Já sobre a expectativa de a PGR apresentar nova denúncia contra Temer, até o final do mês, ele disse preferir " trabalhar diante de fatos".

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