© REUTERS/Darrin Zammit Lupi
Quatro pessoas morreram em um tiroteio nesta quarta-feira (9) na cidade de San Marco in Lamis, no sul da Itália, em um provável acerto de contas da máfia.
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Entre as vítimas estão Mario Luciano Romito, 50 anos e suposto líder de um grupo mafioso, e seu cunhado, Matteo De Palma, 44, que estavam em um Volkswagen New Beetle quando foram baleados.
Os outros dois mortos são os camponeses Luigi e Aurelio Luciani, 47 e 43 anos, respectivamente, que estavam em um Fiat Fiorino e foram testemunhas involuntárias do duplo homicídio.
Segundo a primeira reconstrução feita pela Polícia, um carro com matadores de aluguel emparelhou com o New Beetle, e os atiradores abriram fogo com um fuzil AK-47 e uma espingarda calibre 12.
Romito é tido como líder de um clã mafioso homônimo que nos últimos anos se opôs ao grupo dos Libergolis na disputa pelo controle do crime organizado na região. Ambos pertenceriam à Sagrada Coroa Unida, máfia que atua na Puglia, o "salto da bota" que representa o mapa italiano.
"Aquilo que ocorreu é terrível, não há outras palavras para descrever o que aconteceu", declarou o prefeito de San Marco in Lamis, Michele Merla. A cidade fica na província de Foggia, onde, no fim de julho, o dono de um restaurante já havia sido assassinado em outro acerto de contas entre mafiosos.
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As disputas na província de Foggia são chamadas de "a oitava guerra da máfia" e deixaram quase 30 mortos desde 2015. Dentro da Sagrada Coroa Unida, a facção considerada mais brutal é justamente a Società Foggiana (Sociedade Foggiana), cujas ações a fizeram ocupar um espaço no noticiário antes dedicado à Camorra (Campânia), à Cosa Nostra (Sicília) e à 'ndrangheta (Calábria), que nos últimos anos têm adotado uma estratégia de discrição.
Nesta quinta-feira (10), o ministro do Interior da Itália, Marco Minniti, presidirá em Foggia uma reunião do Comitê Nacional de Segurança Pública para discutir a situação na província. (ANSA)
Foto de arquivo