Com denúncias de fraude, presidente do Quênia é reeleito

Uhuru Kenyatta superou seu adversário, Raila Odinga

© REUTERS/Thomas Mukoya

Mundo Notícias do Mundo 11/08/17 POR Ansa

Em meio a protestos da oposição, o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, foi proclamado nesta sexta-feira (11) como vencedor das eleições realizadas na última terça (8).   

PUB

No poder desde 2013, o mandatário ganhou o direito de continuar governando, após ter obtido 54% dos votos no pleito presidencial, segundo a comissão eleitoral do país africano. Seu adversário, Raila Odinga, não reconhece o resultado e diz que houve fraudes na votação.   

+ Vice dos EUA inicia viagem à América Latina no domingo

Apesar disso, a oposição descarta recorrer contra o veredicto das urnas. Em 2013, Odinga já tentara acionar a Justiça para reverter sua primeira derrota para Kenyatta (50,5% a 43,7%), mas sem sucesso. Após a divulgação do resultado, o presidente fez um apelo para a população "se abster da violência".   

"Somos cidadãos de uma república. Como em qualquer competição, sempre haverá um vencedor e um derrotado, mas ambos pertencemos a uma grande nação chamada Quênia. Eu lhe estendo a mão em sinal de amizade", declarou Kenyatta, dirigindo-se a Odinga.   

Essas foram as primeiras eleições no Quênia com urnas eletrônicas, o que aumentou a desconfiança entre a população. O próprio Odinga acusou hackers de invadirem computadores da comissão eleitoral para manipular a apuração, que durou três dias, apesar de os votos não serem em papel.   

Em alguns bairros da periferia da capital Nairóbi e de Kisumu, no sul do país, onde o oposicionista prevaleceu, houve protestos contra a vitória do atual mandatário, levantando o temor de que os episódios de 2007 se repetissem.   

No fim daquele ano, a vitória do então presidente Mwai Kibaki, apoiado por Kenyatta, desatou uma onda de manifestações que deixou pelo menos 1,5 mil mortos e 600 mil pessoas desalojadas.   

O atual chefe de Estado chegou a ser acusado no Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia, na Holanda, de ter incentivado a violência contra a oposição.   

Ele teria organizado bandos armados da etnia Kikuyu, à qual pertence, contra seus adversários, que eram liderados pelo próprio Odinga, também derrotado nas urnas por Kibaki. Em outubro de 2014, Kenyatta se tornou o primeiro chefe de Estado a depor no TPI durante o exercício do mandato, mas o caso acabou arquivado dois meses depois por falta de provas. (ANSA)

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Jojo Todynho Há 8 Horas

Jojo Todynho veste roupa que usava antes de perder 50kg. "Saco de batata"

brasil Herança Há 10 Horas

Viúvo de Walewska cobra aluguel para que sogros morem em imóvel da filha

brasil Rio Grande do Sul Há 10 Horas

Governador do RS alerta para "maior desastre da história" do estado

fama Brian McCardie Há 9 Horas

Morre Brian McCardie, ator da série Outlander, aos 59 anos

brasil MORTE-SC Há 9 Horas

Adolescente de 14 anos morre após ser picado por cobra venenosa em SC

mundo Londres Há 9 Horas

Responsável por ataque com espada em Londres tem cidadania brasileira

fama Isabel Veloso Há 10 Horas

Marido de influencer com câncer terminal: 'Finjo que não vai acontecer'

economia INSS Há 8 Horas

INSS começa a pagar 13º antecipado; veja quem tem direito

tech ESSILORLUXOTTICA-NEGÓCIOS Há 7 Horas

Maior fabricante de óculos escuros do mundo quer ser a número um em smart glasses

esporte Arábia Saudita Há 9 Horas

Sem folga: Al Hilal treina após garantir vaga na final; veja as imagens