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Relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), nessa terça-feira (15), destaca a atuação do Brasil na epidemia causada pelo vírus zika.
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O documento Avaliação do impacto socioeconômico do vírus Zika na América Latina e Caribe evidencia que as ações intersetoriais do governo brasileiro para combater o mosquito Aedes agypti, mobilizar a sociedade e acolher as famílias são exemplos para o mundo.
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De acordo com o documento, “o vírus zika expôs deficiências nos sistemas de saúde existentes em alguns lugares e reforçou a necessidade de fortalecer ou introduzir novos instrumentos de proteção social para as famílias afetadas. O Brasil mostrou liderança exemplar ao preparar um pacote de benefícios sociais, integrante do Sistema Único de Assistência Social (Suas), tais como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).”
Na avaliação do diretor de País do Pnud, Didier Trebucq, o Brasil teve uma resposta eficaz nas campanhas realizadas em parceria com os governos estaduais e municipais.
“Agora é importante o planejamento para evitar impactos maiores no futuro, no que tange à microcefalia. Também é fundamental continuar com as medidas sociais para ajudar, principalmente, as pessoas que vivem em áreas mais vulneráveis, que são apontadas no relatório como as mais afetadas”.
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Entre as ações desenvolvidas pelo governo brasileiro na área social para ajudar as pessoas infectadas pelo vírus está a implementação do Centro Dia – serviço especializado para atender de forma continuada crianças vítimas da microcefalia causada pelo vírus zika.
Outro destaque foi a articulação entre o Sistema Único de Assistência Social (Suas) e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para que as famílias dessas crianças tivessem acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC).
PIB
O relatório apontou que o zika é responsável por perdas no Produto Interno Bruto (PIB) estimadas entre US$ 7 e US$ 18 bilhões – o equivalente a R$ 22 bilhões e R$ 56 bilhões, respectivamente – na América Latina e no Caribe.
O estudo de caso, feito a partir das ações desenvolvidas no Brasil, na Colômbia e no Suriname, mediu os impactos socioeconômicos nos países e nas comunidades mais vulneráveis, além de analisar as respostas institucionais.
Até este ano, 48 países confirmaram casos do vírus, sendo que o maior número de infecções nos países foi registrado durante o ano de 2016, com queda em 2017.
O documento foi elaborado em parceria com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC), com a colaboração do Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal) e a Universidade Johns Hopkins (JHU). Com informações do Portal Brasil.