© Reuters / Ricardo Moraes
A megaoperação integrada das polícias com as Forças Armadas no Rio de Janeiro interceptou conversas entre criminosos . A troca de mensagens nas redes sociais revela que os bandidos tinham informações sobre a ação das forças de segurança nas comunidades da Zona Norte do Rio, nesta segunda-feira (21).
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Segundo informa o G1, áudios revelam que houve vazamento de informações para criminosos.
Os agentes interceptaram mensagens repassadas às 20h de domingo (20) por um rapaz que fala:
Em uma das conversas, um rapaz diz: “Aí, cuidado aí. Amigo pqd falou que a cia dele vai partir p jaca, mandela ou manguin hj”. A publicação explica que PQD seria a abreviação de paraquedista em linguagem militar.
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O rapaz encaminha então a mensagem que trocou com o amigo militar para provar o que estava dizendo. “Minha cia vai hoje pro jacare. Manguinhos e Mandela. Vai dar merea (merda). Vão hoje de madrugada”, dizia a mensagem.
A investigação indica que, antes disso, uma pessoa identificada como PQDT publicou numa rede social, às 18h10 de domingo. “Pronto pra mais uma operação... quebrar tudo no jacare”.
Ainda nas redes sociais, um morador alerta: “Alô, alô, minha gente, atenção por favor. Eu recebi uma notícia da minha prima agora não vou divulgar o nome dela. Ela mandou ficar ligado amanhã para sair para trabalhar porque o exército vai entrar no jacaré essa madrugada. Gente, cuidado aí, por favor. Ela é sargenta do exército. Cuidado aí gente essa madrugada”.
Mensagens em áudio também revelam que algumas pessoas já tinha informações sobre a operação. “A Bope vai entrar a Bope e o exército vai entrar às duas da manhã, vai ocupar Manguinhos, o Jacaré e o Mandela, hein. Cuidado aí, vocês aí”, diz um dos áudios.
O rádio dos traficantes foi monitorado pela polícia durante a madrugada, eles deram o alerta “vamos dispersar às 3h”, uma prova de que sabiam da operação, segundo o G1.
O porta-voz das Forças Armadas, Coronel Roberto Itamar, afirmou durante entrevista coletiva que o vazamento precisa ser investigado. Ele alertou que é improvável que alguém da patente do investigado tivesse muitas informações sobre a operação.