Oposição venezuelana quer trabalhar com o governo

Representantes da oposição entregaram hoje uma carta ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na qual manifestam a disposição de trabalhar em conjunto com o governo para solucionar os problemas do país, mas "sem quaisquer retaliações".

© Reuters

Mundo Cooperação 19/12/13 POR Agência Brasil

"Não estamos a serviço de uma ideologia. Estamos a serviço do povo, por isso o governo não pode nos impor um 'plano da pátria' (programa) que determine a submissão a uma ideologia em particular [o socialismo], que não está estabelecida na nossa Carta Magna", declaram.

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O documento foi entregue no Palácio Presidencial de Miraflores, durante reunião inédita promovida por Maduro, da qual participaram mais de 60 presidentes de câmaras municipais e vários governadores da oposição.

"Fomos eleitos para contribuir com a solução dos problemas das pessoas, sobretudo das mais humildes. Fomos eleitos para promover a participação cidadã e fazer do cidadão o centro das nossas preocupações. Hoje viemos dialogar em prol da união de todos os venezuelanos", disseram os oposicionistas.

Durante a reunião, o presidente da Câmara Metropolitana de Caracas, António Ledezma, pediu que sejam devolvidas as competências municipais, reduzidas em 2008, quando o presidente Hugo Chávez criou o cargo de chefe de Governo para o Distrito Capital, designando Jacqueline Farias, do Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv), para exercer a função.

Ledezma lembrou que dois eleitos em 8 de dezembro, para as cidades de Valência e Barquisimeto, viram as suas competências reduzidas porque o Executivo criou "organismos paralelos" de gestão dirigidos por socialistas.

O governador do estado de Lara, Henry Falcón, destacou que o diálogo entre governo e oposição deve ser "sincero, objetivo, transparente e inclusivo".

Os opositores pediram a Nicolás Maduro que avance com uma Lei de Anistia para o que dizem ser "presos políticos", que devolva os recursos e analise os deficitários orçamentos de vários municípios.

"Queremos diálogo com respeito sobre os hidrocarbonetos, se queremos tomar medidas que peçam sacrifício ao nosso povo, parte dessa mensagem é não continuar oferecendo dinheiro a outros países quando temos necessidades", disse Carlos Ocariz.

Daniel Ceballos disse que no estado de Táchira (na fronteira com a Colômbia), quando os cidadãos pretendem adquirir produtos e combustível, são submetidos a "uma espécie de apartheid" e à promoção de "xenofobia contra a Colômbia", sob "o olhar complacente de muitos dos que estão no governo".

Em resposta, o presidente Nicolás Maduro acusou a oposição de ter fomentado a xenofobia contra os colombianos, ao acusá-lo de ter nascido na Colômbia. Ele disse que nasceu em Caracas, mas que estaria orgulhoso de ter nascido em Cúcuta ou Bogotá.

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