Azevêdo espera entendimento entre Brasil e EUA no caso do algodão

O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, declarou hoje (19) esperar um entendimento entre Brasil e Estados Unidos sobre o contencioso do algodão. O Brasil obteve decisão favorável na OMC em relação aos subsídios concedidos pelos Estados Unidos ao produto. Posteriormente, fez acordo com os norte-americanos para pagamento anual de US$ 147 milhões ao Instituto Brasileiro do Algodão.

© Reuters

Mundo OMC 19/12/13 POR Agência Brasil

Desde setembro deste ano, no entanto, os EUA suspenderam os repasses alegando cortes automáticos no orçamento. Ontem (18), o Brasil decidiu que abrirá consulta pública sobre retaliação no âmbito da propriedade intelectual, a partir de 2 de janeiro.

PUB

"Minha expectativa é que as partes continuem negociando, para evitar medidas que possam restringir ou distorcer o comércio bilateral", declarou Azevêdo, em coletiva de imprensa concedida após se reunir com o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade. De acordo com ele, o caso envolvendo Brasil e EUA é uma exceção. "Um percentual de 90% dos contenciosos abertos na OMC resultam em implementação das soluções do órgão de solução de controvérsias. Só 10% são como o caso do algodão, em que as partes não chegaram a um desfecho mutuamente satisfatório", destacou.

A CNI divulgou uma nota nesta quinta-feira comentando a decisão de abertura da consulta pública. Para a entidade, a iniciativa "resguarda os direitos do Brasil na OMC, permite ao governo brasileiro e à indústria avaliar os impactos da retaliação para o país e concede aos EUA mais dois meses para cumprir com suas obrigações". As partes interessadas poderão manifestar-se na consulta pública até 31 de janeiro, e a decisão final sobre uma eventual retaliação só será anunciada ao fim de fevereiro, quando forem encerradas análises feitas por um grupo de trabalho criado pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Na nota, a CNI argumentou que, apesar de a Casa Branca alegar que o Orçamento está bloqueado pelo Congresso, a fonte de recursos dos pagamentos ao Brasil não é o Orçamento público, e sim a agência de crédito Commodities Credit Corporation, a mesma usada pelo governo para subsidiar a produção agrícola dos EUA. "A CNI entende que o Executivo americano tem os recursos e os instrumentos para resolver o problema", diz o comunicado. 

A entidade que representa a indústria defendeu ainda a aprovação da nova lei agrícola norte-americana (Farm Bill) como solução definitiva para a questão. A nova versão da legislação pode trazer o fim dos subsídios ao algodão, conforme determinação da OMC, e o encerramento do contencioso com o Brasil.   

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Vídeo Há 7 Horas

Influenciadora digital agride mulher na rua em MG; veja vídeo

mundo Coreia do Norte Há 9 Horas

Coreia do Norte confirma míssil e promete reforçar "força nuclear"

justica Pridão Há 7 Horas

Casal de influencers é preso por suspeita de movimentar R$ 20 milhões ilegalmente em jogo

justica São Paulo Há 9 Horas

Professora e os dois filhos são mortos em SP; PM é suspeito

fama Sean Diddy Combs Há 9 Horas

Imagens de videovigilância mostram rapper agredindo a ex-namorada

brasil Vídeo Há 7 Horas

Menino de 6 anos é salvo de apartamento em chamas no Rio Grande do Sul; veja vídeo

brasil Vírus Há 7 Horas

Cientistas confirmam circulação de vírus mayaro em humanos em Roraima; entenda riscos

lifestyle Signos Há 9 Horas

Os cinco signos mais estranhos do zodíaco. Conhece alguém da lista?

mundo EUA Há 10 Horas

Motorista de 23 anos morre após ser atingida na cabeça por pedra nos EUA

brasil sul do brasil Há 8 Horas

Nova frente fria avança no Sul, e Inmet coloca parte do RS, Santa Catarina e Paraná em alerta