General que faz oposição a Maduro é achado preso em Caracas

Família havia denunciado o caso como um "desaparecimento forçado"

© REUTERS/Pablo Ramos

Mundo VENEZUELA 01/09/17 POR Folhapress

O general Raúl Baduel, 62, ex-ministro da Defesa durante o governo de Hugo Chávez, cujo paradeiro era desconhecido havia três semanas, está detido na sede do serviço de Inteligência (Sebin) em Caracas. A informação foi confirmada pela família dele.

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Baduel se encontrou na quinta (31) com seus filhos, Andreína e Adolfo, que foram contatados pelo procurador-geral Tarek William Saab.

"Está física e espiritualmente fortalecido, apesar das condições do local de reclusão", disse sua filha.

Segundo ela, o oficial da reserva, considerado um dos principais presos políticos do país, "está com a mesma roupa de quando foi transferido", em 8 de agosto, da prisão militar de Ramo Verde, nos arredores de Caracas.

A esposa do ex-ministro, Cruz María de Baduel, denunciou nesta sexta (1º) o procurador-geral por ter supostamente ocultado o paradeiro de seu marido.

A família havia denunciado o caso como um "desaparecimento forçado".

A filha dele alegou que o Sebin proibiu a entrega de objetos pessoais e medicamentos que Baduel usa para controlar a pressão arterial. A oposição diz que há 590 presos políticos no país. Quando ministro de Chávez (1999-2013), Baduel ajudou a restituir o então presidente após o golpe de Estado de abril de 2002, que o tirou brevemente do poder, mas logo se tornou seu adversário.

O ex-militar deveria ter sido libertado em março, após cumprir 7 anos e 11 meses de prisão por corrupção. Mas o Ministério Público apresentou novas acusações por conspiração para derrubar o ditador Nicolás Maduro.

REPRESSÃO À IMPRENSA

A organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) denunciou nesta sexta (1º) "uma degradação rápida, profunda da liberdade de imprensa" no mundo e "situações extremamente graves" na América Latina -particularmente no México, na Venezuela e na Colômbia.

O secretário-geral da RSF, Christophe Deloire. Ele condenou a "violência institucionalizada, que permite agredir jornalistas, transformada em política de Estado" pela ditadura de Maduro.

O diretor da RSF na América Latina, Emmanuel Colombié, também criticou a situação da Venezuela.

Ele mencionou "mais de 550 agressões desde 1º de abril" contra repórteres, enquanto "35 jornalistas foram detidos por cobrir as manifestações" e "mais de 50 canais de televisão e rádio, nacionais e internacionais, foram tirados do ar arbitrariamente desde o início do ano". (FOLHAPRESS)

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