'Lino' traz qualidade à produção nacional de animação

Produção nacional é dirigida por Rafael Ribas

© Reprodução

Cultura CRÍTICA 07/09/17 POR Folhapress, MARINA GALEANO

Alguma vez na vida, você já deve ter se solidarizado com as agruras de um animador de festa infantil. Horas intermináveis embaixo de uma fantasia quente, peluda, fedida e sendo perseguido por crianças enlouquecidas no meio do salão.

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Lino, personagem que dá nome à animação brasileira produzida pela StartAnima, é um retrato exagerado e engraçado dos dramas enfrentados por parte desses profissionais.

Sob direção de Rafael Ribas e distribuição da Fox Film, "Lino" chega aos cinemas para fazer frente com filmes que levam a assinatura de gigantes como Disney-Pixar e Universal.

O resultado se revela uma boa notícia à produção cinematográfica nacional do gênero.

Principalmente quando se considera o orçamento empregado: R$ 6 milhões –uma "mixaria" perto dos US$ 80 milhões gastos em "Meu Malvado Favorito 3" ou dos US$ 175 milhões envolvidos na realização de "Carros 3", por exemplo.

Para não começar essa árdua disputa em desvantagem, o estúdio brasileiro utilizou um software de geração de imagens desenvolvido pela Pixar, o que garantiu a "Lino" um visual gráfico digno das animações americanas mais modernas.

Também apostou numa trama "madura", sobre superação, dirigida não só aos pequenos, mas à toda a família. Por isso, o longa é recheado de referências ao universo dos adultos, como He-Man, "De Volta para o Futuro" e a eterna discussão biscoito X bolacha.

+ '2:22 - Encontro Marcado' é ruim como suspense, ação ou romance

Azarado ao extremo, Lino -numa dublagem inspirada de Selton Mello- leva uma vida absolutamente frustrada sob a fantasia do gato amarelo e vermelho que (des)anima festinhas infantis.

Cansado de tanta desgraça, ele cai na lábia do guru charlatão Don Leon, e seus problemas começam pra valer.

O animador se transforma no próprio gato, é confundido com o "maníaco da fantasia", passa a ser perseguido pela polícia e ainda precisa dar conta de uma menininha que literalmente gruda nele.

Embora criativo, o roteiro derrapa. Falta timing cômico à atrapalhada dupla de tiras formada por Osmar e Mellos (o trocadilho não é mera coincidência), e a overdose de piadinhas sobre pum -sempre elas- desfavorece. O desfecho exagera no quesito autoajuda e se torna quase didático.

Esses deslizes, porém, não ofuscam os méritos de "Lino". Um filme simpático, divertido e bem executado, que não deixa nada a dever a muitos desenhos gringos.

LINO

DIREÇÃO Rafael Ribas

PRODUÇÃO Brasil, 2017, livre

AVALIAÇÃO bom

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