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Ao receber a Polícia Federal em sua casa, Carlos Arthur Nuzman, 75 anos, estava calmo e inclusive pediu que tivesse tempo de fazer a barba e tomar um banho antes de acompanhá-los para depor. Em sua casa, um apartamento de três andares no Alto Leblon, pedaço de luxo restrito na zona sul carioca, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), foram encontradas obras de arte e R$ 480 mil em espécie.
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De acordo com o portal ESPN, foram encontrados sete passaportes nas gavetas de Nuzman. Três exclusivos a integrantes de corpo diplomático, três de cidadãos comuns brasileiros e um expedido pelo governo russo, obtido em troca da venda do voto do Brasil na escolha da Rússia como sede dos Jogos de Inverno de 2014, segundo depoimentos prestados ao Ministério Público da França.
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Ao todo, vinte e três itens classificados preliminarmente como "obra de arte" foram listados. Entre eles quadros do casal. Uma dúvida, de acordo com o Espn, foi em saber se uma poltrona usada pelo papa João Paulo II, uma das atrações da sala do dirigente, está entre os itens apreendidos por determinação da Justiça.
Também no quarto, os policiais encontraram um pequeno envelope e um cartão. Nele, as coordenadas para o restante da história financeira do dirigente: os dados de uma conta na Suíça. Na garagem da propriedade, foram listados dois jeeps Pajero e um Fusca 1200, de colecionador. Todos listados como "apreendidos".
Ao chegar à Policia Federal, onde se esperava que apresentasse argumentos para contrapor as acusações feitas pelas investigações, Nuzman se negou a responder qualquer pergunta.