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Menos de uma hora antes do início da primeira final da Copa do Brasil, entre Flamengo e Cruzeiro, nesta quinta-feira (7), torcedores do time carioca entraram em conflito com seguranças do Maracanã e policiais militares.
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Dezenas de rubro-negros começaram a forçar grades e saltá-las para mudar do setor leste para o norte, enquanto os seguranças, sem qualquer tipo de proteção, tentavam impedir a invasão.
As grades de isolamento ficaram danificadas e apenas a ação da Polícia Militar conseguiu dispersar a confusão. A PM ainda precisou trabalhar no portão sul, por onde torcedores tentaram invadir o estádio sem ingressos. A passagem foi bloqueada e um tumulto foi formado.
Os policiais jogaram gás lacrimogênio para dispersar os mais exaltados, mas pessoas que não estavam envolvidas acabaram afetadas. A correria ainda deixou torcedores pisoteados -até a publicação deste texto não houve notícias sobre feridos em estado grave- e a cavalaria da PM foi convocada.
"Gostaria de aproveitar para pedir que as pessoas se mantenham nos lugares que elas compraram para evitar problemas que podem prejudicar o clube no futuro", disse o presidente do time carioca, Eduardo Bandeira de Mello.
Pouco antes, nos arredores do Maracanã, ocorreu outro foco de confusão. Torcedores do Flamengo brigaram entre si na esquina da rua Professor Gabizo com General Canabarro. Segundo relatos, a briga foi entre duas organizadas do time rubro-negro.Também houve tumulto na hora de entrar no estádio. Cambistas venderam ingressos falsos por até R$ 300 e enganaram torcedores e turistas, que foram levados ao Jecrim (Juizado Especial Criminal).
Além disso, existiu confusão na entrada de cruzeirenses no Maracanã. Torcedores entraram em confronto com policiais militares e seguranças do estádio. O incidente ocorreu antes mesmo da chegada dos ônibus da principal torcida organizada ligada ao clube.
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CLIMA DE PAZ
Os confrontos no Maracanã opuseram torcedores e forças de segurança, mas não envolveram torcidas rivais. Inclusive, houve clima de confraternização entre flamenguistas e cruzeirenses nos arredores do estádio horas antes da bola rolar.
Na Rua Professor Eurico Rabelo, que fica em frente ao acesso dos visitantes, os bares estavam tomados por torcedores dos dois times.Sem nenhuma provocação entre as partes, a segurança não teve trabalho algum. Ao longo da semana, os dois clubes promoveram uma campanha por paz. Além disso, um rival em comum acabou por unir os dois finalistas.
Em vez de provocarem uns aos outros, os torcedores trataram de alfinetar o Atlético-MG, tradicional adversário das duas equipes.Dias antes da grande decisão, Flamengo e Cruzeiro fizeram diversas ações conjuntas nas rede sociais e adotaram o termo "#FinalDeTimeGrande" para se referirem à decisão.
O mascote do Flamengo foi recepcionar o do Cruzeiro no aeroporto do Rio. A raposa e o urubu passearam por pontos turísticos da capital fluminense e interagiram com torcedores.Os clubes estimularam também que torcedores se encontrassem e cultivassem o clima de paz no estádio. Até uma campanha de hospedagem voluntária de cruzeirenses foi idealizada pelo Flamengo. (Folhapress)