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Lúcio Funaro, apontado como operador financeiro do PMDB, contou em seus depoimentos de colaboração premiada que o empresário Joesley Batista usava a mulher, a jornalista Ticiana Villas Boas, para monitorá-lo. O objetivo, conforme acredita o doleiro, era saber se ele iria assinar acordo de delação, e quando faria isso.
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De acordo com informações do colunista Lauro Jardim, de O Globo, Funaro explicou aos investigadores que ele e Joesley eram próximos, assim como as suas famílias. Eles teriam se conhecido em 2009.
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Depois que foi preso, Funaro diz que a relação entre a mulher dele e Ticiana Villas Boas continuou. Seriam nos encontros entre ambas que a jornalista agiria para tentar sondar quais eram as pretensões do operador financeiro.
Nos relatos, o doleiro usou como exemplo uma festa que Ticiana Villas Boas fez para a filha dele, no início de 2017, quando levou bolo e presentes para a garota.
O operador financeiro está preso, dentro da operação Lava Jato, desde 2016. No dia 22 de agosto último, assinou acordo de delação com a Procuradoria-Geral da República. Ligado ao PMDB e ao ex-deputado Eduardo Cunha (RJ), que também está preso, Funaro deve revelar novos detalhes de esquemas de corrupção envolvendo o partido e políticos com foro privilegiado, inclusive o presidente Michel Temer.