Bolsa sobe pelo 3º dia e atinge novo recorde; dólar encosta em R$ 3,14

O dólar comercial se valorizou 0,31%, para R$ 3,139

© Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

Economia MERCADO FINANCEIRO 13/09/17 POR Folhapress

A Bolsa brasileira sustentou a terceira alta consecutiva e testou o patamar de 75 mil pontos nesta quarta (13), amparada pela valorização das ações da Petrobras e do setor bancário e com os investidores digerindo a notícia da prisão de Wesley Batista, da JBS. O dólar avançou também pelo terceiro pregão.

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O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas, teve alta de 0,33%, para 74.787 pontos. O volume negociado foi de R$ 11,4 bilhões, acima da média diária do ano, de R$ 8,14 bilhões. O dia foi de vencimento de opções sobre o índice, que aumenta o giro financeiro.

O dólar comercial se valorizou 0,31%, para R$ 3,139. O dólar à vista, que fecha mais cedo, avançou 0,78%, para R$ 3,140.

A Bolsa chegou a ser negociada a 75.146 pontos antes de perder força sob o peso das ações da Vale.

O otimismo do mercado com a economia brasileira tem sustentado os recordes seguidos do mercado acionário nesta semana. Dados de varejo melhores que o esperado e a trajetória de queda da taxa básica de juros alimentam as expectativas positivas dos investidores e atraem um fluxo de capital para a Bolsa.

Nesta quarta, porém, o setor de serviços decepcionou e registrou a primeira queda após três meses de alta. Foi o pior resultado para o mês de julho desde que a série foi iniciada, em 2012, mas não foi o suficiente para afetar a Bolsa brasileira.

"Há uma pressão de compra e os vendedores não pareceram dispostos ainda a empurrar o mercado para baixo. Hoje, o setor de consumo puxou para cima, provavelmente ainda assimilando o dado recente que saiu de que o nosso crescimento do PIB está mais atrelado ao consumo no momento", afirma Alexandre Wolwacz, sócio-fundador do Grupo L&S.

"Não há motivo maior para as pessoas pensarem em vender, e o mercado entra nesse embalo. Mas essa alta íngreme dos últimos dias não costumam durar muito tempo, não sustentáveis. Então deve ter um movimento de correção mais intenso", afirma.

AÇÕES

Nesta quarta, o mercado digeriu informações sobre a prisão do empresário Wesley Batista, sócio do grupo JBS. As ações fecharam em alta de 2,35%, mas analistas avaliam que é arriscado considerar que o mercado reagiu positivamente à notícia.

"A JBS está sendo negociada a R$ 8,27, e no começo do ano era negociada acima de R$ 11. É difícil olhar para fundamento de uma empresa que cai 27% no ano, mas que sobe quase 40% desde a mínima, em maio", diz Ignácio Crespo, economista da Guide Investimentos.

"É uma ação bastante volátil e é difícil pensar no longo prazo em uma empresa mergulhada nesse turbilhão, que está se desfazendo de ativos e que tem um acordo de delação de dois executivos sendo revisado", afirma.

As ações da Petrobras fecharam o dia em alta, acompanhando a valorização do petróleo depois que os estoques nos Estados Unidos registraram queda recorde. Os papéis mais negociados da estatal subiram 1,08%, para R$ 15,03. As ações ordinárias fecharam com valorização de 1,82%, para R$ 15,68.

Os papéis da mineradora Vale encerraram o dia com desvalorização, apesar da alta de 0,25% dos preços do minério de ferro nesta sessão. Os papéis ordinários da empresa caíram 1,39%, para R$ 34,77. As ações preferenciais tiveram baixa de 1,85%, para R$ 31,80.

No setor financeiro, as ações do Itaú Unibanco subiram 0,70%. As ações preferenciais do Bradesco ganharam 0,43%, e as ordinárias subiram 0,95%. O Banco do Brasil se valorizaram 0,63%, e as units -conjunto de ações- do Santander Brasil ganharam 0,07%.

DÓLAR

A valorização do dólar acompanhou o exterior nesta sessão. Das 31 principais moedas, 27 perderam força em relação à divisa americana nesta quarta.

"Hoje claramente seguiu o exterior, com o anúncio do governo americano de que vai fazer uma reforma tributária e enviar ao congresso na semana que vem", afirma Carlos Pedroso, economista sênior do Mitsubishi UFJ Financial Group no Brasil.

Os investidores aguardam ainda a sinalização do Banco Central envolvendo a rolagem dos contratos de swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) de outubro. O BC tem cerca de US$ 10 bilhões para rolar. "Saíram notícias do Ilan [Goldfajn, presidente do BC] falando que o nível atual do estoque de swaps é confortável e que isso permite flexibilidade", afirmou Pedroso.

O CDS (credit default swap) do país recuou 0,96%, para 181,6 pontos.

No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados tiveram queda nesta sessão. A taxa para janeiro de 2018 recuou de 7,645% para 7,620%. O contrato para janeiro de 2019 saiu de 7,640% para 7,610%. Com informações da Folhapress.

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