Comédia búlgara 'Glory' trata de corrupção política e dignidade

A direção é de Kristina Grozeva e Petar Valchanov, também autores do roteiro, com Decho Taralezhkov

© Divulgação

Cultura Cinema 14/09/17 POR Folhapress com Sério Alpendre

 Tzanko Petrov é um homem simples. Ferroviário, um dia encontra um belo montante de dinheiro nos trilhos e resolve entregar à polícia. Seu ato exemplar se torna midiático, e chama também a atenção do Ministério dos Transportes, que resolve lhe conceder um prêmio.

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Julia Staykova é encarregada das Relações Públicas do ministro. Ela leva Tzanko para um encontro com o político. Mas Julia não se importa com Tzanko. Está mais preocupada com as exigências do marido, que quer um filho.Durante o encontro, ela fica com o relógio de pulso de Tzanko e o perde. Era um relógio especial, presente de família. Tzanko não está nem aí para a parafernália em torno dele. Quer o relógio antigo, o que é compreensível.

Este é um resumo da trama de "Glory", comédia búlgara que ganhou alguns prêmios em festivais de menor expressão. A direção é de Kristina Grozeva e Petar Valchanov, também autores do roteiro, com Decho Taralezhkov.

A premissa é boa. Serve sobretudo a uma sátira de costumes. O que é um relógio de pulso para uma executiva? Pois é tudo para quem o ganhou como um presente familiar. Temos aí uma fábula sobre a indiferença e a dignidade. Temos também a corrupção política. Vemos a sede doentia pelo poder e o que se faz quando se quer manter no poder a qualquer custo.

Os atores principais estão bem. Stefan Denolyubov nos faz acreditar em seu personagem Tzanko, na força de sua simplicidade e em seu caráter. Margita Gosheva compõe uma Julia forte, com espírito de liderança, mas também inescrupulosa, egoísta.

Graças à relação entre esses dois personagens, os diretores conseguem alguns momentos interessantes, principalmente pela oposição entre suas personalidades.

Um problema está na câmera que treme desnecessariamente em algumas cenas, como se quisesse berrar uma suposta contemporaneidade. É uma fórmula estética deturpada de uma ideia equivocada de modernidade. O desleixo, como quase sempre acontece, tira a potência de algumas cenas, tornando-as corriqueiras, documentais. Quando não importa muito "como" se filma, o "que" se filma fica enfraquecido.

Mas há um uso muito interessante da relação entre o que se mostra e o que se esconde, além da inteligência nas relações de causa e efeito, como quando Julia está no hospital e vê pela TV uma declaração bombástica de Tzanko.  É por esses detalhes que vale a pena ver "Glory". Com informações da Folhapress e escrita por Sérgio Alpendre.

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