© Bob Wolfenson
Um 3x 4 de Chico Buarque; Pelé com o pai e o filho; uma jovem Rita Lee com o cachorro; o nu de Cleo Pires, um close em Fernanda Montenegro são algumas das fotografias de Bob Wolfenson que valem mais do que palavras podem descrevê-las. Com mais de 35 anos de carreira, o paulistano está lançando um novo livro, intitulado "Bob". O lançamento será na Semana de Design do Rio, neste dia 29. "Faz parte da série 'Fotógrafo Viajante', são 58 imagens de mulheres. Algumas do meu círculo íntimo, outras famosas".
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Para Wolfenson, na fotografia o que mais conta é o momento. "Por mais construída que seja a imagem é o instante que conta", declarou em entrevista à coluna Gente Boa. E o que atesta a qualidade da imagem é o tempo. "Como dizia Francis Bacon, uma coisa só é boa quando passa muitos anos e ela ainda é considerada boa".
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O profissional de 63 anos também não defende a nostalgia em se tratando de processo fotográfico. "Houve uma revolução, mas o que importa na fotografia não mudou. Se a foto toca o outro, se é transformadora, alcança o seu objetivo, independentemente de ser digital, analógica, de estar no papel ou no celular. O que mudou foi o ritual. Antes havia um mistério no resultado final. Agora, você pode ver a imagem imediatamente. Eu aderi ao digital. Não sou nostálgico, acho que melhorou".
Sobre o momento atual, em que todo mundo tem uma câmera nas mãos, Wolfenson é menos transigente: "Todo mundo fotografa, poucos são fotógrafos. O lugar do artista, que tem algo a dizer, está guardado".