© REUTERS/Ricardo Moraes
O juiz Marcelo Bretas condenou, nesta quarta-feira (20), a mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo, a 18 anos e 3 meses de prisão, por lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.
PUB
Os crimes se dariam, de acordo com o magistrado, por meio da compra de joias, bem como pela contratação fictícia de seu escritório de advocacia por meio de duas empresas, a Reginaves e a Portobello.
A determinação é de que ela, que atualmente cumpre prisão domiciliar, vá para o regime fechado. Esta foi a primeira condenação da ex-primeira-dama, que está presa desde o dia 6 de dezembro do ano passado.
+ Funaro diz que Cunha redistribuía propina a Temer: '110% de certeza'
Na sentença, segundo informações de O Globo, Bretas se refere a Adriana como “companheira de vida e práticas criminosas” de Sérgio Cabral e diz que ela também era “mentora de esquemas ilícitos”, junto com o ex-governador.
“Ao lado de seu marido, ora apenado, usufruiu como poucas pessoas no mundo os prazeres e excentricidades que o dinheiro pode proporcionar, quase sempre a partir dos recebimentos que recebeu por contratos fraudulentos celebrados por seu escritório de advocacia, com o fim de propiciar que a organização criminosa que integrava promovesse a lavagem de capitais que, em sua origem, era fruto de negócios espúrios”, afirmou o magistrado Bretas.
Além Adriana, também foram condenados na sentença final da Operação Calicute, desdobramento da Operação Lava Jato, o marido dela, Sérgio Cabral - a 45 anos e 2 meses de prisão, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa - e mais 10 pessoas.