Estatal de MG promete ir à Justiça barrar leilão de 4 hidrelétricas

STF ainda não deu a palavra final sobre o impasse; o ministro Dias Toffoli recomenda que empresa e governo se entendam

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Economia Cemig 22/09/17 POR Folhapress

O presidente da Cemig, Bernardo Salomão de Alvarenga, afirmou nesta sexta-feira (22) que a estatal vai recorrer à Justiça para evitar que quatro hidrelétricas que eram da empresa sejam leiloadas na próxima quarta-feira (27).

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"Mesmo se houver leilão, quem levar as usinas terá problemas sérios conosco. Vamos tentar sustar o leilão e, mesmo depois, não vamos desistir de defender os nossos direitos", afirmou.

+ Investidores estrangeiros têm dúvidas sobre recuperação do Brasil

A estatal mineira tenta convencer o governo federal a adiar por até 15 dias o leilão, alegando que o TCU (Tribunal de Contas da União) "atrapalhou" as negociações ao interferir no assunto.

"O TCU tentou impedir a gente de conversar. Não existe nada mais retrógrado. Foi uma armadilha, e o governo se aproveitou disso para não negociar", disse Salomão.

Ele afirmou estar indignado com a atuação de funcionários do governo de Michel Temer no caso. Diz que os mesmos técnicos que criaram a MP 579, que mudou as regras do setor no governo Dilma Rousseff e originou o problema, continuam atuando contra a empresa.

A MP de 2012, na prática, tentava forçar as empresas a baixar o preço da energia, sob pena de perderem as concessões de hidrelétricas.

A Cemig devolveu as quatro usinas ao governo, mas nunca aceitou a decisão e recorreu à Justiça, alegando que em três delas (São Simão, Jaguara e Miranda) a concessão deveria ser renovada automaticamente.

O STF ainda não deu a palavra final sobre o impasse, e o ministro Dias Toffoli recomendou que empresa e governo tentem se entender.

A equipe econômica alega que a Cemig não tem os recursos necessários para arrematar a concessão das quatro hidrelétricas, avaliadas em R$ 11 bilhões. Segundo Salomão, a Cemig já tem quase pronta a operação financeira para garantir o recursos à União. Eles chegaram a conversar com investidores chineses, mas as tratativas não avançaram.A alternativa encontrada é a Cemig usar R$ 1,1 bilhão que tem a receber da União para pagar pela usina de Miranda.

Para São Simão, a maior delas, já acertou uma sociedade com a Vale.Volta Grande poderia ser devolvida. A incerteza remanescente é sobre Jaguara, para a qual a empresa tenta fechar um empréstimo de R$ 1,9 bilhão no mercado. O Citibank é um dos candidatos a entrar no financiamento. "Teremos o dinheiro para pagar a União em 30 de novembro, mas eles querem que comprovemos agora se temos os recursos. Por isso, precisamos de mais tempo".

A entrega de ofertas foi aberta na quinta (21). A Cemig fez uma proposta, em sociedade com a Vale. O governo não divulgou balanço dos interessados. Com informações da Folhapress.

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