Defesa diz que motivo de viagem de Battisti 'não está claro'

Advogado afirmou que tomará "todas as providências" necessárias

© Nacho Doce/Reuters

Justiça Providência 04/10/17 POR Ansa

O advogado do italiano Cesare Battisti, Igor Sant'Anna Tamasauskas, afirmou que tomará "todas as providências cabíveis" para libertar seu cliente, detido pela Polícia Federal em Corumbá (MS), na fronteira entre Brasil e Bolívia, com mais de R$ 10 mil em espécie.

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"Em relação à detenção realizada pela Polícia Federal, a defesa de Cesare Battisti vem a público informar que está obtendo informações oficiais sobre os motivos que levaram a esta medida e que tomará todas as providências cabíveis a fim de demonstrar a inexistência de fundamentos para a detenção realizada", diz uma nota de Tamasauskas.

Procurado pela ANSA, o advogado também reconheceu que ainda "não está claro" o motivo da tentativa de viagem de Battisti à Bolívia. Segundo comunicado da PF, o italiano está em uma delegacia de Corumbá e presta "esclarecimentos relativos a evasão de divisas", quando uma pessoa envia valores para o exterior sem declará-los à autoridade competente.

Pelas normas da Receita Federal, o limite para saída de recursos do país sem necessidade de declaração é de R$ 10 mil. Battisti foi abordado primeiro pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em um carro com mais dois passageiros. Como tratava-se de região de fronteira, os agentes acionaram a PF, que interceptou o italiano em um táxi boliviano.

Na semana passada, sua defesa entrou com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar uma eventual extradição à Itália, após a revelação de que o governo do país europeu fizera um pedido sigiloso para o presidente Michel Temer rever o asilo político concedido por Luiz Inácio Lula da Silva em 2010.

+ Cesare Battisti presta depoimento na PF após ser detido em MS

Membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) na década de 1970, Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por "terrorismo" e envolvimento em quatro assassinatos cometidos durante os "anos de chumbo", período de intensa atividade de grupos de extrema direita e extrema esquerda na península.

Para escapar da cadeia, ele se mudou para a França, mas fugiu quando teve sua extradição autorizada. De lá, viajou para o México e, em seguida, ao Brasil, onde foi preso em 2007, no Rio de Janeiro. O STF também chegou a autorizar sua expulsão, mas Lula, no último dia de seu segundo mandato, deu permissão para Battisti ficar no país.

O italiano alega inocência dos crimes pelos quais foi condenado e diz ser vítima de perseguição política. (ANSA)

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