Banco Mundial prevê retomada na América Latina puxada pelo Brasil

América Latina e o Caribe crescerão 1,2% em 2017 e 2,3% em 2018, impulsionados por Brasil e Argentina, segundo dados apresentados pelo BM

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Economia expectativa 11/10/17 POR Isabel Fleck

Depois de seis anos de desaceleração econômica e de uma retração de 1,3% em 2016, a América Latina e o Caribe crescerão 1,2% em 2017 e 2,3% em 2018, impulsionados por Brasil e Argentina, segundo dados apresentados nesta quarta-feira (11) pelo Banco Mundial.

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Estabilização da relação dívida/PIB do País é improvável

"A recuperação será liderada por uma robusta retomada da Argentina, que deve crescer 2,8% em 2017 e 3% em 2018, e pelo Brasil, que deve retomar o crescimento também, com aumento de 0,7% do PIB em 2017 e 2,3% em 2018, após dois anos de contração", diz o relatório do banco sobre a situação econômica da região.

Os dados usados são previsões de analistas de mercado, e diferem um pouco dos apresentados na última terça-feira (10) pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), que prevê, por exemplo, crescimento de 1,5% para o Brasil em 2018.

Segundo o Banco Mundial, a expectativa é que os fatores externos que tipicamente têm sido associados ao crescimento da região, como o preços das commodities, permaneçam "estáveis", o que aumentaria a necessidade, no curto prazo, de que a região conte com suas "próprias fontes de crescimento". "Em particular, [são necessárias] reformas estruturais em pensões, mercados de trabalho e educação e aumentos no gasto de infraestrutura", diz o relatório.

O Banco Mundial alerta ainda para os riscos representados pela frágil situação fiscal dos países da região. Segundo o relatório, 28 dos 32 países da América Latina e Caribe vão registrar balanço negativo neste ano.

"A situação é bastante precária", disse nesta quarta o economista chefe do Banco Mundial para América Latina e Caribe, Carlos Végh, antes de destacar que as taxas médias de endividamento vão se situar, neste ano, em 58,7% do PIB, com seis países com taxas superiores a 80% -entre eles, o Brasil.

Végh reconheceu que a região já começou um processo de ajuste fiscal gradual. "Embora os países da região precisem realizar ajustes fiscais para se adaptarem à nova realidade após a bonança das commodities, muitos estão certos em promovê-las gradualmente para evitar uma nova recessão", disse.

O economista chefe para a região afirmou que, na parte econômica, o Brasil "está fazendo as coisas bem", após aprovar a PEC do teto de gastos e a reforma trabalhista.

"Também está se discutindo de forma séria uma reforma previdenciária e a política monetária tem sido conduzida de forma muito séria", afirmou. "O Brasil começou um plano de consolidação fiscal gradual e isso explica porque ele conseguiu se recuperar este ano e esperamos um crescimento maior no ano que vem."

Apesar de destacar as incertezas políticas no país, Végh disse "estar otimista" em relação ao crescimento brasileiro se as reformas que estão planejadas "continuarem no ano que vem e além das eleições" de 2018. Com informações da Folhapress.

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