Com turbulência em Washington, Trump faz comício com caminhoneiros

Essa será sua quarta parada de uma turnê para apresentar as mudanças que pretende fazer na área econômica, depois de passar por Missouri, Indiana e pela Dakota do Norte.

© Kevin Lamarque/Reuters

Mundo Em 'turnê' 11/10/17 POR Silas Martí

Enquanto Washington pega fogo, Donald Trump sai de cena na tentativa de avançar outra de suas promessas de campanha. Em viagem a Harrisburg, na Pensilvânia, nesta quarta-feira (11), o presidente americano defenderá sua reforma tributária a cerca de mil caminhoneiros, trabalhadores que chama de "sangue vital" da economia dos EUA.

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No rastro de uma troca de farpas com membros de seu gabinete, aliados, desafetos e líderes democratas, Trump quer se reaproximar de seus eleitores mais fervorosos, grupo que a que costuma se referir como "minha gente".

"Nada é feito na América sem os trabalhadores da indústria caminhoneira", dirá o presidente em seu discurso, de acordo com a Casa Branca. "A América depende de vocês para a gasolina que abastece nossos carros, a comida que nutre nossas comunidades e o lindo aço que sustenta nossos arranha-céus."

Essa será sua quarta parada de uma turnê para apresentar as mudanças que pretende fazer na área econômica, depois de passar por Missouri, Indiana e pela Dakota do Norte, estados do país onde senadores democratas em fim de mandato são os mais vulneráveis na eleição legislativa de 2018.

Um de seus principais argumentos na hora de vender sua reforma tributária, no caso, é insistir no fato de que a típica família americana, nas contas de sua equipe econômica, pode vir a pagar até US$ 4.000 a menos por ano de impostos sobre a renda.

Mas isso, na visão de economistas, ainda não está claro. Muitos afirmam que os cortes de Trump, na verdade, vão beneficiar os mais ricos.

Uma análise do Urban-Brookings Tax Policy Center, um think tank para assuntos tributários em Washington, calcula que os milionários veriam sua renda aumentar em até 10% ao ano com a medida, enquanto os mais pobres teriam, no máximo, 1,2% de seu dinheiro a mais no bolso.

Outros pontos da reforma são pôr fim a um imposto sobre propriedades, cortar taxas corporativas e facilitar a repatriação de fundos que estão no exterior, o que também agrada aos mais ricos. Democratas, como o senador Bob Casey, que se recusou a ir ao comício da Pensilvânia, atacam o plano por essa razão.

"O que os republicanos querem fazer avançar não é uma reforma tributária, mas sim um grande desconto de impostos para os mais ricos às custas da classe média", disse. "O Congresso deveria trabalhar de forma bipartidária para reformar o código fiscal de modo a ajudar as famílias em vez de aprovar esse esquema ruim para a classe média e os trabalhadores."

Mas, diferenças à parte, tudo pode dar errado se Trump não deixar de trocar farpas com sua própria equipe e membros de seu partido por meio de bravatas, entre eles o senador republicano Bob Corker e o secretário de Estado, Rex Tillerson.

Suas brigas mais recentes vêm minando qualquer possibilidade de implementar pontos de sua agenda, como a reforma do sistema de saúde, que ainda está travada. Com informações da Folhapress.

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