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"A primeira coisa em que pensei foi salvar a criança". A farse é do agente da Polícia Militar Raphael Fonseca, que lembrou, nesta terça-feira (17), o drama do resgate de um bebê, de 1 ano e 9 meses, que ficou preso entre duas portas de vidro de uma agência bancária em Santos, São Paulo, na noite desta segunda (16).
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O bebê estava acompanhado do avô, que não percebeu quando o menino se aventurou entre as portas de vidro. Como passava das 22h, ao sair para pedir ajuda, a porta de acesso à área de caixas eletrônicos foi trancada automaticamente.
Fonseca que passava pelo local em uma viatura, em ronda com a colega Lúcia Gregui, foi alertado por transeuntes. "Estávamos encerrando o serviço quando nos avisaram. O avô do menino estava do lado de fora da agência, desesperado", contou Gregui ao G1. Os policiais destravaram a porta porque o menino chorava muito. "Talvez ele pudesse se machucar ou acontecer algo pior por causa da pressão no vidro", relatou Fonseca.
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Enquanto o menino chorava pela mãe, desesperado, Fonseca tirou a própria arma, o cinto e o colete à prova de balas, e se espremeu no vão para puxá-lo, antes da chegada do Corpo de Bombeiros. "Não foi fácil. Minha cabeça ficou pressionada entre os dois vidros, até que eu consegui pegar na blusa de frio dele e segurá-lo. Mais próximo, eu consegui levantá-lo".
Ao lembrar do fim do resgate, ao receber um abraço do avô da criança, Fonseca desabafou: "A gente fica com o sentimento de dever cumprido, né? Voltei para casa naquele dia com esse sentimento. Nunca tinha passado por algo do tipo e nem esperava essa repercussão".