Rio não possuía condições de sediar Olimpíada, diz delator de Nuzman

Maleson afirma que a constatação foi feita a partir de um ranking divulgado, em março de 2008, pelo Comitê Olímpico Internacional (COI)

© REUTERS / Ricardo Moraes

Esporte CBDG 18/10/17 POR Estadao Conteudo

O presidente da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG), Eric Maleson, disse aos procuradores do Ministério Público Francês que o Rio de Janeiro "praticamente não possuía condições de sediar a Olimpíada". A declaração foi reproduzia na denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio, nesta quarta-feira, contra o ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman.

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Maleson afirma que a constatação foi feita a partir de um ranking divulgado, em março de 2008, pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), com a avaliação de cada cidade concorrente para sediar a Olimpíada de 2016, levando em consideração diversos aspectos, como infraestrutura e apoio dos governos. Nesta lista, Tóquio ficou em primeiro lugar, com 8.3, Madrid ficou com 8.1, Chicago com 7.0, Doha com 6.9 e Rio de Janeiro com 6.4, na quinta colocação.

Em seu depoimento, Maleson afirma que "diante desse resultado, ficou evidente para a comunidade internacional que a disputa final seria entre Tóquio e Madri, as duas primeiras colocadas e que o Rio de Janeiro, em razão dessa nota, praticamente não possuía condições de sediar a Olimpíada, em razão do curto espaço de tempo que teria para reverter sua colocação, já que as eleições finais seriam realizadas em outubro de 2009", diz o trecho, reproduzido pelo MPF do Rio.

O testemunho de Maleson também indica ter havido ajustes e efetivo pagamento a membros africanos do COI para escolha do Rio de Janeiro como sede para os Jogos Olímpicos de 2016. Ele declarou que "era muito comum, em conversas de bastidores travadas no âmbito do CO-Rio (Comitê Organizador do Rio-2016), serem tratados assuntos relacionados à compra de votos dos dirigentes africanos que participariam da futura eleição".

Nuzman foi denunciado pelo MPF do Rio, nesta quarta-feira, pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Já o seu braço direito e diretor de marketing do COB, Leonardo Gryner, foi denunciado por corrupção passiva e organização criminosa.

O ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), foi denunciado por corrupção passiva e, o empresário Arthur Soares, conhecido como "Rei Arthur", por corrupção ativa. Papa Massata Diack e Lamine Diack, membros do COI (Comitê Olímpico Internacional), também foram denunciados por participação no esquema. Ela foi encaminhada nesta manhã ao juiz da 7º Vara Federal Criminal, Marcelo Bretas, responsável por julgar os processos relacionados à Lava Jato no Rio.

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