© Ueslei Marcelino / Reuters
O PSDB divulgou nota, nesta quarta-feira (18), negando ter feito acordo com o presidente Michel Temer para derrubar o afastamento do senador Aécio Neves, imposto pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte ainda determinou o recolhimento domiciliar noturno do mineiro.
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As ordens, no entanto, foram derrubadas pelo senadores, em plenário, na noite de ontem (17). Foram 44 votos contra e 26 a favor das medidas cautelares impostas pela Primeira Turma do Supremo. Houve ainda 9 ausências, sem contar o próprio Aécio, que não podia votar. A Constituição exige que a decisão seja tomada por maioria absoluta, pelo menos 41 votos.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o tucano pediu e recebeu R$ 2 milhões da JBS como propina. O órgão afirma também que Aécio atuou em conjunto com o presidente Michel Temer para impedir o andamento da Lava Jato.
Segundo a executiva da legenda, a posição da bancada deve-se "exclusivamente à nossa convicção de que todo e qualquer cidadão tem direito a ampla defesa".
Confira o texto na íntegra:
A posição da bancada do PSDB do Senado Federal , na votação sobre as medidas cautelares aplicadas pela Primeira Turma do STF contra o senador Aécio Neves, deve-se única e exclusivamente à nossa convicção de que todo e qualquer cidadão tem direito à ampla defesa e ao contraditório, princípios básicos do Estado Democrático de Direito.
Nossa decisão não implica de forma nenhuma em um juízo de valor sobre as atitudes do senador Aécio e muito menos pode ser entendida como parte de qualquer acordo relacionado à votação da denúncia contra o presidente da República na Câmara dos Deputados.
O PSDB reafirma seu compromisso contra a impunidade, defendendo a ampla investigação de toda e qualquer denúncia devidamente fundamentada contra quem quer que seja, inclusive membros do partido, assegurados todos os direitos e garantias processuais, corolários da igualdade de todos perante a lei.