Dilma pode ser candidata ao Senado ou à Câmara: 'Vou avaliar'

Em entrevista a jornal português, ex-presidente voltou a criticar governo Temer e disse que candidatura de Lula é fundamental para processo democrático

© Rafael Marchante / Reuters

Política Entrevista 23/10/17 POR Notícias Ao Minuto

A ex-presidente Dilma Rousseff concedeu entrevista ao jornal português Diário de Notícias e falou sobre o atual cenário político, bem como sobre sua expectativa para as próximas eleições presidenciais.

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Ela ainda não decidiu se sairá candidata ao Senado ou à Câmara dos Deputados: "Vou avaliar". Em contrapartida, garantiu apoio incondicional ao ex-presidente Lula, durante a campanha. "Minha única certeza é de que estarei na luta, aconteça o que acontecer. Vivi dois golpes, sobrevivi aos dois, nunca fui candidata antes de disputar a Presidência da República e sempre fiz política. Vou continuar fazendo. Este é o caminho para conter o retrocesso".

Questionada sobre a candidatura de Lula, ela considerou ser algo imprescindível para a democracia. "Ao darem o golpe, os golpistas pensavam que nos destruiriam, mas quem acabou destruído foram os partidos conservadores, PSDB e PMDB, fortalecendo um candidato de extrema-direita [Jair Bolsonaro]. Agora, a aposta dos golpistas é a condenação de Lula para impedi-lo de concorrer porque, em todos os cenários, ele tem o dobro das intenções de voto dos demais concorrentes somados", considerou.

+ Dilma traiu seu eleitorado, diz Lula a jornal espanhol

A ex-presidente ainda demonstrou otimismo quanto à rejeição ao petista. "A rejeição vem caindo devido à consciência de que há uma perseguição a Lula. Nenhuma saída que tenha por objetivo impedir a sua candidatura produzirá estabilidade. O que está em jogo hoje é o que vai ser o futuro do país. Lula cumprirá nessa conjuntura um papel muito importante, porque a sua liderança tem o poder de catalisar a resistência ao golpe e impedir o avanço do desmonte das políticas sociais que implantamos. Nós estamos trabalhando para denunciar o projeto absurdo de tentar condenar Lula de qualquer maneira e impedi-lo de ser candidato, mas como ele diz, 'participo dessa eleição absolvido ou condenado, livre ou preso e vivo ou morto'".

Dilma também voltou a criticar o governo Temer. "Sem dúvida, a decisão do teto dos gastos [limite ao investimento em saúde e educação por 20 anos] é de colocar os 'cabelos em pé' por retirar do Orçamento os mais pobres ao longo de cinco eleições presidenciais. É inconstitucional. Os motivos para arrepiar cabelos continuam: a reforma laboral que reduz salários, a venda de terras férteis a estrangeiros e de patrimônio público das grandes empresas estatais ou a abertura de áreas protegidas pelo meio ambiente e de territórios indígenas à exploração mineral. Como ápice, o recente decreto do trabalho escravo que torna o Brasil tolerante com o trabalho análogo à escravidão", afirmou.

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