O cenário assusta. A superlotação em presídios do Rio Grande do Sul amontoam detentos em lugares inimagináveis. O improviso colocou alguns deles até em carros oficiais da polícia. Outros, por sua vez, tiveram a "sorte" de serem instalados dentro de delegacias. Bancos e portões do pátio interno se transformaram em celas ao ar livre.
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A situação é a mesma desde 2015. Fato foi comprovado nessa terça-feira (24), pelo UOL, que visitou as cidades de São Leopoldo, Canoas, Viamão e Gravataí. Foram encontrados 64 homens detidos na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) em Canoas, sendo que 31 deles estavam presos em veículos de corporação e em unidades policiais. Não há data para colocá-los nos presídios.
"Além de vigiar os presos, ainda temos que dar comida, banho e levá-los ao banheiro para fazer suas necessidades. Muitos detentos estão em situação de estresse, pois já estão há semanas aqui, e isso causa um enorme desconforto, tanto para nós policiais quanto para a população que tem que vir aqui registrar algum boletim de ocorrência", disse a agente policial da DPPA de Canoas.
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Diante do caos, o governo do estado prometeu solução até o próximo mês. O secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Cezar Schirmer, afirmou que a administração estadual resolverá até novembro a situação dos presos que vem sendo mantidos em delegacias, mas não deu detalhes das estratégias que serão utilizadas.
Investimento
Por meio de nota, após questionamento da reportagem, o governo adiantoui que "serão investidos cerca de R$ 50 milhões na construção de novas unidade" e que "duas galerias da Penitenciária de Canoas 2 já estão em operação". "A ação disponibilizou 288 novas vagas, de um total de 2.808 ainda a serem ocupadas. A utilização plena dos módulos ocorrerá na medida em que o governo formar os novos 720 agentes penitenciários aprovados no concurso realizado neste ano."