© Tânia Rêgo/ Agência Brasil
A Polícia Federal desencadeou nesta terça-feira (14) a Operação Cadeia Velha, um desdobramento da Lava Jato, que investiga desvios de verba pública no Estado do Rio. De acordo com as investigações, não há um "chefe mor" da quadrilha. Os investigadores afirmaram que há vários entes à frente do esquema — e não só o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).
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"Constata-se que o Poder Executivo, o Poder Legislativo e o Tribunal de Contas (do Estado do Rio) - presumidamente que deveriam ser autônomos, independentes, com dever de fiscalização recíproca - na realidade estão estruturados em flagrante organização criminosa com o fim de garantir contíuo desvio de recursos publicos e lavagem de capitais", afirma o delegado da Polícia Federal Alexandre Ramagem Rodrigues.
O G1 destaca que, segundo a PF, havia "excessivos benefícios fiscais" a empresas de transporte e empreiteiras, fazendo com que o Estado deixasse de receber mais de R$ 138 bilhões. Os parlamentares recebiam propina em troca das isenções. O delegado da PF também considera que a corrupção causou o colapso da economia fluminense.
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"Segmentos empresariais pagavam rotineiramente propina para agentes políticos, não só no Legislativo mas também no Executivo e no próprio TCE, em troca de atos de ofício", explicou o procurador regional Carlos Alberto Gomes de Aguiar, durante entrevista coletiva após o pedido de prisão preventiva dos deputados Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi.
O MPF aponta que Picciani é suspeito de desviar dinheiro através de uma empresa do ramo da agropecuária, a Agrobilara. Para os investigadores, é uma das formas mais simples de se lavar dinheiro: chance de manipulação de preço, baixa tributação e pouca fiscalização.