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Se há uns anos a exclusão do glúten era algo que apenas fazia parte da rotina das pessoas com a doença celíaca (uma patologia autoimune), nos dias de hoje aumentaram os casos em que a eliminação de alimentos com este conjunto de proteínas de origem cereal é feita por conta própria e sem qualquer aconselhamento médico.
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A moda do 'sem glúten' é transversal a todo o mundo, mas é importante ressaltar que é possível ter algum tipo de sensibilidade ao ingrediente sem, de fato, ser celíaco.
Mas, por que isso acontece? A resposta foi dada recentemente por um estudo na Universidade de Monash (na Austrália), em que se chegou a conclusão que a culpa é do frutano, um açúcar presente nos carboidratos fermentáveis e que tende a ser pouco ou nada digerível.
Publicado na revista científica Gastroenterology, o estudo teve por base a participação de 59 adultos não celíacos, mas que tinham excluído por iniciativa própria esta proteína vegetal devido a um desconforto intestinal.
Todos os participantes foram convidados a comer ao longo de sete dias três barras de cereais diferentes, uma delas com glúten, outra com frutano e outra sem qualquer um destes nutrientes. Nenhum dos participantes sabia qual a composição das barras de cereais, lê-se no Science Alert.
Depois desta fase de ingestão dos alimentos de teste, os cientistas notaram que as barras com frutano causaram 15% mais inchaço e desencadearam ainda um aumento dos sintomas gastrointestinais na ordem dos 13%. A barra com glúten e a que serviu de controle não surtiram quaisquer efeitos nos participantes.
O frutano - que pode ser encontrado no trigo, na cevada, no centeio, na cebola, no alho, no grão-de-bico, etc. - é um carboidrato de cadeia curta e encaixa naquilo a que se chama em inglês de FODMAP.