Inflação dos mais pobres é a menor em 12 meses, mas já reage, diz Ipea

Segundo o Ipea, o maior peso dos alimentos na cesta de consumo dos mais pobres explica a dinâmica mais favorável no curto prazo

© iStock

Economia PESQUISA 16/11/17 POR Folhapress

A desaceleração dos preços dos alimentos ao longo deste ano favoreceu de forma mais intensa a população de baixa renda, aponta estudo do Grupo de Conjuntura do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada).

PUB

Em 12 meses, até outubro, a inflação das famílias de menor poder aquisitivo -com renda abaixo de R$ 900 por mês- subiu 2%. Entre as famílias mais ricas, com renda mensal de R$ 9 mil, a alta foi de 3,5%.

+ Temer lança campanha de R$ 20 mi para defender reforma da Previdência

Segundo o Ipea, o maior peso dos alimentos na cesta de consumo dos mais pobres explica a dinâmica mais favorável no curto prazo. Nos últimos 12 meses, o grupo registrou forte desaceleração.

Nos próximos meses, a expectativa de aceleração nos preços dos alimentos deve voltar a pressionar a inflação das classes mais baixas.

O fenômeno já pôde ser observado em outubro, quando a inflação da renda mais baixa refletiu a contribuição menos favorável dos alimentos e também a alta da energia elétrica (3,3%) e do gás de botijão (4,6%).

Nos últimos 11 anos, é a inflação dos mais pobres que sobe mais, justamente pressionada por alimentos. Ela acumula alta de 102%, bastante superior à observada na faixa de renda mais alta, de 86%.

Nas contas do Ipea, os alimentos representam 29% da cesta de consumo dos mais pobres. Entre aqueles com renda acima de R$ 9 mil, o peso é de apenas 9%.

Em contrapartida, as famílias mais pobres gastam apenas 2,2% da sua renda com educação, 1,4% com serviços de saúde e 1,6% com despesas pessoais -itens com maiores variações em 12 meses.

Já os mais ricos dispendem 10,3%, 6,8% e 5,4%, respectivamente. Para o Ipea, incertezas políticas, uma eventual mudança no cenário externo e a redução da safra agrícola esperada para 2018 são vistos como fatores de risco e podem pressionar a inflação.

Algumas variáveis, no entanto, como a elevada ociosidade da capacidade produção das empresas e a lenta recuperação do mercado de trabalho, devem manter a inflação abaixo de 4,5% em 2018.

Segundo o instituto, a previsão de uma gradual elevação da inflação nos próximos meses não deve gerar riscos significativos à estabilidade monetária. Com informações da Folhapress. 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Rio Grande do Sul Há 7 Horas

Grávida, Miss Brasil 2008 está desaparecida há 3 dias após chuvas no RS

brasil enchentes no Rio Grande do Sul Há 8 Horas

Aeroporto de Porto Alegre suspende voos por tempo indeterminado

mundo Tenerife Há 23 Horas

Espanha: filho é preso por esconder corpo da mãe durante 6 meses em casa

mundo Guerra Há 20 Horas

Israel vai invadir Rafah se Hamas não aceitar acordo em até 1 semana, diz jornal

brasil justa causa Há 7 Horas

Bancária é demitida ao postar foto no crossfit durante afastamento médico

justica São Paulo Há 7 Horas

Corpo achado em matagal é de adolescente que sumiu ao comprar lanche

fama BELO-CANTOR Há 5 Horas

'Ainda não estou bem, mas tenho que superar', diz Belo sobre fim do casamento com Gracyanne

mundo Pensilvânia Há 7 Horas

Mulher morre após ser atingida por cilindro de metal desgovernado

brasil enchentes no Rio Grande do Sul Há 3 Horas

Sobe para 56 o número de mortos em temporais do RS

lifestyle Signos Há 5 Horas

Três signos que são 'mestres da culinária'